PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
África associa-se à Europa para enfrentar desafios energéticos
Dakar- Senegal (PANA) -- África, em parceria com a União Europeia (UE), organiza, durante a primeira quinzena de Setembro próximo, a primeira Conferência de alto nível sobre a questão da energia.
Com efeito, todos os países do coninente africano estão confrontados com a amarga realidade da falta de energia para o seu desenvolvimento, a julgar pelas numerosas manifestações populares organizadas em muitos países para reclamar por um mínimo de estabilidade energética para as famílias, as estruturas de produção e as atividades comerciais.
Mesmo em vários países africanos produtores de petróleo, largas porções dos seus territórios permanecem ainda na escuridão, devido a graves problemas de distribuição e de planificação, à semelhança de todos os demais que são afetados por esta desgraça que faz do petróleo uma fonte de conflitos sociais muitas vezes provocados pelos apetites glutões das multinacionais em busca do ouro negro africano cujos 93 porcento são refinados no exterior do continente.
Outro paradoxo é que em África o sol brilha com toda a sua intensidade durante todo o ano e o vento sopra em quase todas as direções mas sem nenhuma repercussão no seu défice energético, muito menos na criação das condições favoráveis ao desenvolvimento das energias renováveis.
Os eventos que marcaram o calendário das atividades em torno da problemática energética dão razão aos que pensam que a integração africana, longe de se realizar à volta dos poderes e das soberanias políticas, tem todas as possibilidades de êxito se ela incidir nas necessidades reais comuns a quase todo o continente.
E estas necessidades são a energia, a água e o ambiente que, em resumo, são elementos cuja ausência põe em perigo a vida humana bem como as atividades a ela inerentes.
A parceria África-UE, ao centrar-se na questão da energia, parece ter medido o alcance da sua visão, quando reconhece que, "além do papel essencial que ela desempenha no desenvolvimento, a energia é uma condição prévia para a realização do Objetivo de Desenvolvimento do Milénio (ODM) que visa reduzir para metade as populações esfomeadas e pobres do planeta até 2015".
Mas não basta reconhecer, pois é necessário passar à ação e dar respostas precisas às questões pertinentes que esta parceria suscita, incluindo: "De onde virá a energia que alimentará o desenvolvimento económico e oferecerá os meios de subsistência e uma vida condigna a milhões de pessoas? Qual é o nível de vulnerabilidade das nossas sociedades e das nossas economias quando os preços da energia aumentarem ou quando o abastecimento for suspenso? Será que saberemos restringir e evitar a eclosão da guerra pela energia? Será que somos capazes de modificar o consumo energético para evitar amplas deteriorações do nosso planeta e conter as mudanças climáticas?" É pois diante destas realidades, que a primeira conferência de alto nível da Parceria África e Europa para a Energia (PAEE) pretente, durante os seus debates em Viena (Áustria), entre outros, lançar o Programa de Cooperação África-UE no domínio das energias renováveis que deverá criar novos laços no setor económico da energia, facilitando assim o comércio industrial e a cooperação das empresas entre África e Europa.
Esta conferência, que se realiza a dois meses da cimeira África-UE prevista para Novembro de 2010, procurará igualmente melhorar a segurança energética e o acesso à energia nos dois continentes, reforçar a cooperação sobre as interconexões energéticas em África e entre África e a União Europeia, e aprovar um roteiro para a execução de ações futuras desta parceria.
Convém lembrar que foi na capital portuguesa, Lisboa, em Dezembro de 2007, que todos os chefes de Estado africanos e europeus decidiram lançar a Parceria África-UE para a Energia (PAEE), uma das oito parcerias que compõem a Estratégia Conjunta UE-África.
No quadro desta parceria chamada "igualitária", os dois continentes "decidiram partilhar os seus conhecimentos e os seus recursos, priorizar os seus interesses complementares e associar estreitamente as suas políticas para enfrentar, juntos, os desafios energéticos".
Com efeito, todos os países do coninente africano estão confrontados com a amarga realidade da falta de energia para o seu desenvolvimento, a julgar pelas numerosas manifestações populares organizadas em muitos países para reclamar por um mínimo de estabilidade energética para as famílias, as estruturas de produção e as atividades comerciais.
Mesmo em vários países africanos produtores de petróleo, largas porções dos seus territórios permanecem ainda na escuridão, devido a graves problemas de distribuição e de planificação, à semelhança de todos os demais que são afetados por esta desgraça que faz do petróleo uma fonte de conflitos sociais muitas vezes provocados pelos apetites glutões das multinacionais em busca do ouro negro africano cujos 93 porcento são refinados no exterior do continente.
Outro paradoxo é que em África o sol brilha com toda a sua intensidade durante todo o ano e o vento sopra em quase todas as direções mas sem nenhuma repercussão no seu défice energético, muito menos na criação das condições favoráveis ao desenvolvimento das energias renováveis.
Os eventos que marcaram o calendário das atividades em torno da problemática energética dão razão aos que pensam que a integração africana, longe de se realizar à volta dos poderes e das soberanias políticas, tem todas as possibilidades de êxito se ela incidir nas necessidades reais comuns a quase todo o continente.
E estas necessidades são a energia, a água e o ambiente que, em resumo, são elementos cuja ausência põe em perigo a vida humana bem como as atividades a ela inerentes.
A parceria África-UE, ao centrar-se na questão da energia, parece ter medido o alcance da sua visão, quando reconhece que, "além do papel essencial que ela desempenha no desenvolvimento, a energia é uma condição prévia para a realização do Objetivo de Desenvolvimento do Milénio (ODM) que visa reduzir para metade as populações esfomeadas e pobres do planeta até 2015".
Mas não basta reconhecer, pois é necessário passar à ação e dar respostas precisas às questões pertinentes que esta parceria suscita, incluindo: "De onde virá a energia que alimentará o desenvolvimento económico e oferecerá os meios de subsistência e uma vida condigna a milhões de pessoas? Qual é o nível de vulnerabilidade das nossas sociedades e das nossas economias quando os preços da energia aumentarem ou quando o abastecimento for suspenso? Será que saberemos restringir e evitar a eclosão da guerra pela energia? Será que somos capazes de modificar o consumo energético para evitar amplas deteriorações do nosso planeta e conter as mudanças climáticas?" É pois diante destas realidades, que a primeira conferência de alto nível da Parceria África e Europa para a Energia (PAEE) pretente, durante os seus debates em Viena (Áustria), entre outros, lançar o Programa de Cooperação África-UE no domínio das energias renováveis que deverá criar novos laços no setor económico da energia, facilitando assim o comércio industrial e a cooperação das empresas entre África e Europa.
Esta conferência, que se realiza a dois meses da cimeira África-UE prevista para Novembro de 2010, procurará igualmente melhorar a segurança energética e o acesso à energia nos dois continentes, reforçar a cooperação sobre as interconexões energéticas em África e entre África e a União Europeia, e aprovar um roteiro para a execução de ações futuras desta parceria.
Convém lembrar que foi na capital portuguesa, Lisboa, em Dezembro de 2007, que todos os chefes de Estado africanos e europeus decidiram lançar a Parceria África-UE para a Energia (PAEE), uma das oito parcerias que compõem a Estratégia Conjunta UE-África.
No quadro desta parceria chamada "igualitária", os dois continentes "decidiram partilhar os seus conhecimentos e os seus recursos, priorizar os seus interesses complementares e associar estreitamente as suas políticas para enfrentar, juntos, os desafios energéticos".