PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente maliano reenvia novo Código da Família a Parlamento
Bamako- Mali (PANA) -- O chefe de Estado maliano, Amadou Toumani Touré, decidiu quarta-feira à noite, numa alocução televisiva, reenviar o Código das Pessoas e Família à Assembleia Nacional para uma segunda leitura.
"Tomei a decisão que se impõe, para a tranquilidade e a paz social, de reenviar o Código das Pessoas e Família para uma segunda leitura para nos permitir obter a adesão e a compreensão dos nossos compatriotas", disse o Presidente maliano.
Esta decisão seguiu-se às consultas realizadas terça e quarta-feiras pelo Presidente maliano com deputados da Assembleia Nacional, líderes religiosos, famílias fundadoras de Bamako e outras individualidades em torno do Código das Pessoas e Família que suscitou nos últimos dias tensões no país.
Adoptado a 3 de Agosto último pela Assembleia Nacional, o código foi vivamente criticado pelo Alto Conselho Islâmico, a mais alta instância religiosa do país, que condenou vários dos seus artigos, nomeadamente sobre a não legislação do casamento religioso, a idade casadoura fixada em 18 anos para a rapariga e a herança dos filhos nascidos fora do casamento.
Os religiosos pensam que o código prioriza as mulheres e não corresponde aos usos e costumes do país e aos princípios da religião muçulmana.
Sábado último, mais de 50 mil pessoas pariciparam, em resposta ao apelo do Alto Conselho Islâmico, num comício no Estádio de 26 de Março de Bamako.
Antes, marchas foram organizadas em todo país para denunciar o novo código e apelar ao Presidente da República para não o promulgar.
"Tomei a decisão que se impõe, para a tranquilidade e a paz social, de reenviar o Código das Pessoas e Família para uma segunda leitura para nos permitir obter a adesão e a compreensão dos nossos compatriotas", disse o Presidente maliano.
Esta decisão seguiu-se às consultas realizadas terça e quarta-feiras pelo Presidente maliano com deputados da Assembleia Nacional, líderes religiosos, famílias fundadoras de Bamako e outras individualidades em torno do Código das Pessoas e Família que suscitou nos últimos dias tensões no país.
Adoptado a 3 de Agosto último pela Assembleia Nacional, o código foi vivamente criticado pelo Alto Conselho Islâmico, a mais alta instância religiosa do país, que condenou vários dos seus artigos, nomeadamente sobre a não legislação do casamento religioso, a idade casadoura fixada em 18 anos para a rapariga e a herança dos filhos nascidos fora do casamento.
Os religiosos pensam que o código prioriza as mulheres e não corresponde aos usos e costumes do país e aos princípios da religião muçulmana.
Sábado último, mais de 50 mil pessoas pariciparam, em resposta ao apelo do Alto Conselho Islâmico, num comício no Estádio de 26 de Março de Bamako.
Antes, marchas foram organizadas em todo país para denunciar o novo código e apelar ao Presidente da República para não o promulgar.