PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
UA condena tentativa de insurreição em Moçambique
Kigali, Rwanda (PANA) – A União Africana (UA) condenou quarta-feira os últimos incidentes em Moçambique e exprimiu a sua rejeição à qualquer tentativa de "sabotar" a estabilidade e os ganhos económicos notáveis realizados até ao presente neste país da África Austral.
Num comunicado distribuído à imprensa, a UA diz estar a acompanhar "de perto" os acontecimentos em Moçambique depois do anúncio da retirada do partido da Resistência Nacional de Moçambique (Renamo, ex-movimento rebelde) do Acordo de Paz 1992.
A União Africana reagia aos últimos acontecimentos ocorridos em Moçambique, incluindo um ataque perpetrado terça-feira por supostos membros da Renamo contra o Comando da Polícia de Maringue, na província central de Sofala.
Segundo a nota, assinada pela presidente da Comissão da UA, a diplomata sul-africana Nkosazana Dlamini-Zuma, há uma necessidade de todas as partes interessadas agirem com espírito de moderação e diálogo, para permitir que Moçambique continue o seu esforço notável de desenvolvimento e crescimento.
Por outro lado, acrescentou, é igualmente imperioso que o país continue a consolidar as suas instituições democráticas, incluindo através da realização pacífica das eleições autárquicas previstas para novembro de 2013.
Dlamini-Zuma saudou, no entanto, o compromisso do Governo moçambicano a favor do diálogo com vista a enfrentar os desafios atuais.
O ataque ao Comando da Polícia de Maringue seguiu-se à tomada pelas Forças Armadas moçambicanas da vila de Satungira, no distrito de Goronogosa (Sofala), até então considerada como a principal base da Renamo e onde vivia o seu líder, Afonso Dhlakama, há quase um ano.
A ocupação de Satungira, que não causou mortos nem feridos, foi apresentada pelas autoridades governamentais como resposta a uma “provocação", referindo-se a um ataque anterior levado a cabo poucas horas antes contra as forças militares que se encontravam nas imediações do local onde vivia Dhlakama.
"Era preciso parar as pessoas que atacaram. As Forças de Defesa e Segurança perseguiram os homens da Renamo até ao local de onde tinham saído, neste caso, onde se localizava o senhor Afonso Dhlakama”, declarou à imprensa um porta-voz do Ministério da Defesa.
Segundo a imprensa local, as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) também responderam ao ataque de terça-feira em Maringue com a ocupação desta vila, levando a população local a "fugir em direção a Macossa, na vizinha província de Manica".
Uma fonte do aparelho do Estado foi citada como tendo revelado a presença de tropas do Zimbabwe envolvidas nos combates, em apoio ao Exército moçambicano, enquanto testemunhas oculares indicaram que helicópteros foram vistos a sobrevoarem Maringue.
A Renamo, ex-grupo rebelde moçambicano, converteu-se em partido político em virtude do Acordo de Paz de 1992 assinado com a Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), atual partido no poder liderado pelo Presidente Armando Guebuza.
-0- PANA TWA/TBM/FK/IZ 24out2013
Num comunicado distribuído à imprensa, a UA diz estar a acompanhar "de perto" os acontecimentos em Moçambique depois do anúncio da retirada do partido da Resistência Nacional de Moçambique (Renamo, ex-movimento rebelde) do Acordo de Paz 1992.
A União Africana reagia aos últimos acontecimentos ocorridos em Moçambique, incluindo um ataque perpetrado terça-feira por supostos membros da Renamo contra o Comando da Polícia de Maringue, na província central de Sofala.
Segundo a nota, assinada pela presidente da Comissão da UA, a diplomata sul-africana Nkosazana Dlamini-Zuma, há uma necessidade de todas as partes interessadas agirem com espírito de moderação e diálogo, para permitir que Moçambique continue o seu esforço notável de desenvolvimento e crescimento.
Por outro lado, acrescentou, é igualmente imperioso que o país continue a consolidar as suas instituições democráticas, incluindo através da realização pacífica das eleições autárquicas previstas para novembro de 2013.
Dlamini-Zuma saudou, no entanto, o compromisso do Governo moçambicano a favor do diálogo com vista a enfrentar os desafios atuais.
O ataque ao Comando da Polícia de Maringue seguiu-se à tomada pelas Forças Armadas moçambicanas da vila de Satungira, no distrito de Goronogosa (Sofala), até então considerada como a principal base da Renamo e onde vivia o seu líder, Afonso Dhlakama, há quase um ano.
A ocupação de Satungira, que não causou mortos nem feridos, foi apresentada pelas autoridades governamentais como resposta a uma “provocação", referindo-se a um ataque anterior levado a cabo poucas horas antes contra as forças militares que se encontravam nas imediações do local onde vivia Dhlakama.
"Era preciso parar as pessoas que atacaram. As Forças de Defesa e Segurança perseguiram os homens da Renamo até ao local de onde tinham saído, neste caso, onde se localizava o senhor Afonso Dhlakama”, declarou à imprensa um porta-voz do Ministério da Defesa.
Segundo a imprensa local, as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) também responderam ao ataque de terça-feira em Maringue com a ocupação desta vila, levando a população local a "fugir em direção a Macossa, na vizinha província de Manica".
Uma fonte do aparelho do Estado foi citada como tendo revelado a presença de tropas do Zimbabwe envolvidas nos combates, em apoio ao Exército moçambicano, enquanto testemunhas oculares indicaram que helicópteros foram vistos a sobrevoarem Maringue.
A Renamo, ex-grupo rebelde moçambicano, converteu-se em partido político em virtude do Acordo de Paz de 1992 assinado com a Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), atual partido no poder liderado pelo Presidente Armando Guebuza.
-0- PANA TWA/TBM/FK/IZ 24out2013