PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Senegal reprova manutenção da UA como organização intergovernamental
Dakar- Senegal (PANA) -- O Senegal não está interessado por uma União Africana (UA) que se mantenha como uma organização intergovernamental com uma Comissão "que sirva de simples secretarido", declarou o ministro senegalês dos Negócios Estrangeiros, Cheikh Tidiane Gadio.
Numa comunicação sobre o Governo da União e a criação da Autoridade da UA, no quadro do simpósio sobre os Estados Unidos de África, Gadio justificou que "África perdeu muito tempo numa altura em que o Brasil, a Índia e a China realizam passos de gigante".
"Se se tratar de continuar a fazer da UA uma organização intergovernamental com uma Comissão que sirva de simples secretariado, o Senegal não está interessado", sentenciou.
De forma categórica, o chefe da diplomacia senegalesa disse estar "fora de questão" que os que não estão de acordo com a criação dos Estados Unidos de África façam prevalecer a sua posição.
Gadio advertiu que o seu país "não aceitará" que se ponha em causa a criação dos Estados Unidos de África, em 2017, tal como decidido pela UA.
Segundo ele, foram feitos progressos na marcha da organização continental, desde a sua criação em 1963, em Addis Abeba, na Etiópia, tais como a mudança de atidude de alguns países que consideravam os Estados Unidos de África como um sonho e que, hoje, "aceitam ver este projecto abordado".
Para isso, foi preciso um longo combate e debates agitados no seio da União Africana, disse, revelando que, por três vezes, a UA esteve à beira da ruptura entre os Estados que queriam a instalação dum Governo da União e os que impediam este projecto.
Foi preciso encontrar, em todas essas ocasiões, um compromisso entre os que queriam a instalação imediata dum Governo da União e os que se opunham, nomeadamente, em Julho de 2007, em Accra (Gana), onde o Governo da União "foi finalmente percebido como a última etapa para a criação dos Estados Unidos de África".
Em Janeiro de 2009, em Addis Abeba, a transformação da Comissão numa Autoridade foi tomada no termo dum longo debate, lembrou.
Depois disso, prosseguiu, a Cimeira de Sirtes, realizada no início de Julho corrente, não falhou à tradição.
"Lá também os debates foram agitados a propósito das prerrogativas e atribuições que serão concedidas à Autoridade que substituirá a Comissão da UA", disse.
"Foi preciso um grande envolvimento" do líder líbio, Muamar Kadafi, para que um compromisso fosse encontrado em torno da designação, ao nível da Autoridade, de secretários encarregues da política comum dos Negócios Estrangeiros, da Defesa e do Comércio, declarou Gadio.
Numa comunicação sobre o Governo da União e a criação da Autoridade da UA, no quadro do simpósio sobre os Estados Unidos de África, Gadio justificou que "África perdeu muito tempo numa altura em que o Brasil, a Índia e a China realizam passos de gigante".
"Se se tratar de continuar a fazer da UA uma organização intergovernamental com uma Comissão que sirva de simples secretariado, o Senegal não está interessado", sentenciou.
De forma categórica, o chefe da diplomacia senegalesa disse estar "fora de questão" que os que não estão de acordo com a criação dos Estados Unidos de África façam prevalecer a sua posição.
Gadio advertiu que o seu país "não aceitará" que se ponha em causa a criação dos Estados Unidos de África, em 2017, tal como decidido pela UA.
Segundo ele, foram feitos progressos na marcha da organização continental, desde a sua criação em 1963, em Addis Abeba, na Etiópia, tais como a mudança de atidude de alguns países que consideravam os Estados Unidos de África como um sonho e que, hoje, "aceitam ver este projecto abordado".
Para isso, foi preciso um longo combate e debates agitados no seio da União Africana, disse, revelando que, por três vezes, a UA esteve à beira da ruptura entre os Estados que queriam a instalação dum Governo da União e os que impediam este projecto.
Foi preciso encontrar, em todas essas ocasiões, um compromisso entre os que queriam a instalação imediata dum Governo da União e os que se opunham, nomeadamente, em Julho de 2007, em Accra (Gana), onde o Governo da União "foi finalmente percebido como a última etapa para a criação dos Estados Unidos de África".
Em Janeiro de 2009, em Addis Abeba, a transformação da Comissão numa Autoridade foi tomada no termo dum longo debate, lembrou.
Depois disso, prosseguiu, a Cimeira de Sirtes, realizada no início de Julho corrente, não falhou à tradição.
"Lá também os debates foram agitados a propósito das prerrogativas e atribuições que serão concedidas à Autoridade que substituirá a Comissão da UA", disse.
"Foi preciso um grande envolvimento" do líder líbio, Muamar Kadafi, para que um compromisso fosse encontrado em torno da designação, ao nível da Autoridade, de secretários encarregues da política comum dos Negócios Estrangeiros, da Defesa e do Comércio, declarou Gadio.