PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Rwanda aposta na formação e melhoramento da situação de parteiras
Kigali, Ruanda (PANA) – O Rwanda lançou, com o apoio dos seus parceiros, uma nova iniciativa destinada a melhorar o estatuto das parteiras, com objetivo de permitir às mães grávidas residentes nas zonas rurais terem acesso aos cuidados de saúde básicos e reduzir a mortalidade infantil.
Desde 2010, esta iniciativa governamental foi promovida a nível de 143 centros de saúde e hospitais do país, com a ajuda de especialistas e médicos que ministraram formações, nomeadamente métodos de preparação para o parto, apropriadas a cerca de 100 parteiras.
Agnès Binagwaho, ministra ruandesa da Saúde, considera que o recurso às parteiras é uma alternativa para limitar o número de falecimento das mães já afetadas pela pobreza e que têm dificuldades para aceder aos seviços públicos de saúde.
As autoridades ruandesas pretendem assim atingir um objetivo "zero falecimento" nas mulheres durante o parto, visando nomeadamente as camadas mais desfavorecidas da população rural em relação às quais as estatísticas oficiais estimam em 750 falecimento para cada 100 mil nascimentos a taxa de mortalidade materna neste pequeno país da África Central onde se conta menos de uma parteira para cada 10 mil habitantes.
Pelo contrário, as autoridades rwandesas não perdem de vista a necessidade de melhorar os conhecimentos práticos das parteiras tradicionais, ao darem às mulheres de aldeias competências indispensáveis para administrar cuidados básicos.
No entanto, as condições de trabalho destas continuam precárias, marcadas pela ausência de instrumentos de trabalho apropriados, nomeadamente "acessórios médicos esterilizados para prevenir a infeção", evocada por Joséphine Mukeshimana, parteira tradicional de Muhanga (distrito do sul do país).
Ela não esqueceu de louvar as suas novas competências obstétricas adquiridas, tais como o controlo da posição do feto que permite ver se o parto pode facilmente ser efetuado ou se se precisa duma assistência médica mais importante.
Valendo-se da experiência da sua avó, Joséphine Mukeshimana, que ajuda as mulheres da sua comunidade a darem luz, considera que as autoridades rwandesas devem permitir a esta profissão manter as que a praticam.
Com efeito, a formação das parteiras tradicionais implica, às vezes, a necessidade de uma remuneração consequente dos seus serviços, com o objetivo de as manter em permanência nas zonas rurais e interromper a sua propensão a pedir dinheiro em troco das suas competências, uma prática observada em hospitais e centros de saúde urbanos, à semelhança de muitos agentes de saúde qualificados desdobrados em zonas rurais.
"Pretendemos doravante integrar esta abordagem das parteiras tradicionais noutros programas de cuidados de saúde no país", indicou a ministra rwandesa da Saúde, que prometeu que o estatuto das parteiras, bem como o das tradicionais, será melhorado e que a revalorização do seu salário será tida em conta".
-0- PANA TWA/SSB/IBA/CJB/DD 21junho2011
Desde 2010, esta iniciativa governamental foi promovida a nível de 143 centros de saúde e hospitais do país, com a ajuda de especialistas e médicos que ministraram formações, nomeadamente métodos de preparação para o parto, apropriadas a cerca de 100 parteiras.
Agnès Binagwaho, ministra ruandesa da Saúde, considera que o recurso às parteiras é uma alternativa para limitar o número de falecimento das mães já afetadas pela pobreza e que têm dificuldades para aceder aos seviços públicos de saúde.
As autoridades ruandesas pretendem assim atingir um objetivo "zero falecimento" nas mulheres durante o parto, visando nomeadamente as camadas mais desfavorecidas da população rural em relação às quais as estatísticas oficiais estimam em 750 falecimento para cada 100 mil nascimentos a taxa de mortalidade materna neste pequeno país da África Central onde se conta menos de uma parteira para cada 10 mil habitantes.
Pelo contrário, as autoridades rwandesas não perdem de vista a necessidade de melhorar os conhecimentos práticos das parteiras tradicionais, ao darem às mulheres de aldeias competências indispensáveis para administrar cuidados básicos.
No entanto, as condições de trabalho destas continuam precárias, marcadas pela ausência de instrumentos de trabalho apropriados, nomeadamente "acessórios médicos esterilizados para prevenir a infeção", evocada por Joséphine Mukeshimana, parteira tradicional de Muhanga (distrito do sul do país).
Ela não esqueceu de louvar as suas novas competências obstétricas adquiridas, tais como o controlo da posição do feto que permite ver se o parto pode facilmente ser efetuado ou se se precisa duma assistência médica mais importante.
Valendo-se da experiência da sua avó, Joséphine Mukeshimana, que ajuda as mulheres da sua comunidade a darem luz, considera que as autoridades rwandesas devem permitir a esta profissão manter as que a praticam.
Com efeito, a formação das parteiras tradicionais implica, às vezes, a necessidade de uma remuneração consequente dos seus serviços, com o objetivo de as manter em permanência nas zonas rurais e interromper a sua propensão a pedir dinheiro em troco das suas competências, uma prática observada em hospitais e centros de saúde urbanos, à semelhança de muitos agentes de saúde qualificados desdobrados em zonas rurais.
"Pretendemos doravante integrar esta abordagem das parteiras tradicionais noutros programas de cuidados de saúde no país", indicou a ministra rwandesa da Saúde, que prometeu que o estatuto das parteiras, bem como o das tradicionais, será melhorado e que a revalorização do seu salário será tida em conta".
-0- PANA TWA/SSB/IBA/CJB/DD 21junho2011