Presidente tchadiano denuncia ingerências negativas em conflito líbio
Trípoli, Líbia (PANA) – O Presidente tchadiano, Idriss Deby Itno, condena “a utilização de mercenários no conflito em curso e ingerências negativas de alguns países, que contribuíram para prolongar a crise atual na Líbia”.
Itno fez estes pronunciamentos durante uma reunião no último fim de semana com o presidente do Conselho Presidencial na Líbia (primeiro-ministro), Fayez al-Sarraj, em Niamey, a capital nigerina, de acordo com um comunicado do Escritório de Informação deste último.
O chefe do Estado tchadiano e al-Sarraj avistaram-se à margem da cimeira exraordinária da União Africana (UA), realizada domingo último em Niamey para analisar “a situação na Líbia e a coordenação entre os dois países para se garantir a segurança das fronteiras comuns”.
Segundo o comunicado, al-Sarraj sublinhou a importância do papel da UA no apoio à paz e à segurança na Líbia, bem como a sua capacidade para desempenhar um papel positivo a fim de pôr termo ao conflito líbio em curso.
Sublinhou igualmente "as constantes inabaláveis na abordagem do ataque contra Tripoli e a necessidade de o ultrapassar a fim de que os Líbios possam retomar a via da democracia”.
O presidente do Conselho Presidencial expôs ao seu interlocutor “a iniciativa lançada em junho último, conducente às eleições gerais decididas pelos Líbios e que rejeita a militarização do Estado durante um Fórum Nacional”, segundo o Escritório de Informação.
Do seu lado, o Presidente tchadiano sublinhou que "o seu país está preocupado com a estabilidade da Libia e a importância da contribuição da União Africana para se pôr termo à guerra e instaurar a paz”.
Sublinhou que “os acontecimentos atuais na Líbia têm consequências nefastas para os seus vizinhos e para todo o continente”.
Por outro lado, durante uma reunião com Fayez al-Sarraj, o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, declarou não haver uma solução militar para a crise líbia.
Segundo um comunicado do Conselho Presidencial, al-Sarraj e Ramaphosa também discutiram sobre a evolução da situação na Líbia e as relações bilaterais entre os dois países.
-0- PANA BY/JSG/FK/DD 8julho2019