PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Intelectual camaronês sugere espaço transitório para Estados Unidos de África
Dakar- Senegal (PANA) -- Os actores africanos não foram audaciosos quando escolheram passar para uma organização internacional baseada num acto constitutivo, de facto e de jure, de uma verdadeira Constituição Panafricana, declarou terça-feira em Dakar Guy Mvelle, professor de Ciências Polítivas.
Falando no quadro do simpósio sobre os Estados Unidos de África, iniciado segunda-feira na capital senegalesa, Mvelle estimou que esta opção monstra hoje os seus limites, à luz da decisão tomada pelos chefes de Estado e de Governo de proceder a uma emenda ao Acto Constitutivo da União Africana (UA) com vista a transformar a Comissão da UA em Autoridade.
"Isto anuncia já riscos de bloqueio por causa de múltiplas divergências", salientou o professor universitário camaronês, evocando igualmente a ausência de cultura federal que, a seu ver, cria "numa certa medida, um obstáculo à sã emergência do projecto federal africano".
Ele estimou que, a despeito destes obstáculos, a futura Autoridade da UA pode, sob certas condições, desenvolver uma espaço de governação panafricana transitória para a forma federal, a partir de agora até 2017, data fixada para a proclamação dos Estados Unidos de África.
"Só se for flexível que a Autoridade da UA poderá criar um espaço público africano e chegar à unidade política, base de uma federação de Estado.
Será preciso também encontrar, por um lado, uma convergência de interesses entre as elites africanas e as instituições da União e, por outro lado, um equilíbrio entre os Estados e a União", estimou.
Mvelle constatou por outro lado que, 47 anos depois da adopção da Carta da Organização da Unidade Africana (OUA) e cerca de 10 anos após o nascimento da União Africana, os Africanos interrogam-se sempre sobre a forma a dar à sua solidariedade.
"Será preciso fazer da UA uma simples coordenação das políticas nacionais, uma verdadeira integração ou então uma federação de Estados onde os estes últimos tomem decisções comuns ou deleguem os seus poderes a um governo continental ?", interrogou-se o intelectual camaronês.
Enquanto se espera por uma resposta a estas perguntas, Mvelle estima que "África ultrapassou a simples fase da cooperação interestadual para empreender uma integração profunda das suas unidades com a esperança de realizar um dia este sonho secular dos Estados Unidos de África" que, para ele, é mesmo uma evidência.
Falando no quadro do simpósio sobre os Estados Unidos de África, iniciado segunda-feira na capital senegalesa, Mvelle estimou que esta opção monstra hoje os seus limites, à luz da decisão tomada pelos chefes de Estado e de Governo de proceder a uma emenda ao Acto Constitutivo da União Africana (UA) com vista a transformar a Comissão da UA em Autoridade.
"Isto anuncia já riscos de bloqueio por causa de múltiplas divergências", salientou o professor universitário camaronês, evocando igualmente a ausência de cultura federal que, a seu ver, cria "numa certa medida, um obstáculo à sã emergência do projecto federal africano".
Ele estimou que, a despeito destes obstáculos, a futura Autoridade da UA pode, sob certas condições, desenvolver uma espaço de governação panafricana transitória para a forma federal, a partir de agora até 2017, data fixada para a proclamação dos Estados Unidos de África.
"Só se for flexível que a Autoridade da UA poderá criar um espaço público africano e chegar à unidade política, base de uma federação de Estado.
Será preciso também encontrar, por um lado, uma convergência de interesses entre as elites africanas e as instituições da União e, por outro lado, um equilíbrio entre os Estados e a União", estimou.
Mvelle constatou por outro lado que, 47 anos depois da adopção da Carta da Organização da Unidade Africana (OUA) e cerca de 10 anos após o nascimento da União Africana, os Africanos interrogam-se sempre sobre a forma a dar à sua solidariedade.
"Será preciso fazer da UA uma simples coordenação das políticas nacionais, uma verdadeira integração ou então uma federação de Estados onde os estes últimos tomem decisções comuns ou deleguem os seus poderes a um governo continental ?", interrogou-se o intelectual camaronês.
Enquanto se espera por uma resposta a estas perguntas, Mvelle estima que "África ultrapassou a simples fase da cooperação interestadual para empreender uma integração profunda das suas unidades com a esperança de realizar um dia este sonho secular dos Estados Unidos de África" que, para ele, é mesmo uma evidência.