PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Angola denuncia posição das Nações Unidas em conflitos em África
Addis Abeba, Etiópia (PANA) - O ministro das Relações Exteriores de Angola, George Chikoty, denunciou quinta-feira em Addis Abeba, na Etiópia, a decisão das Nações Unidas de autorizar intervenções militares na Côte d'Ivoire e na Líbia para supostamente proteger as populações locais, soube-se de fonte oficial.
Chicoty, que discursava na Cimeira Extraordinária da União Africana (UA) que decorre desde quarta-feira em Addis Abeba, afirmou que a nova tendência do Conselho de Segurança da ONU, de se engajar de forma ativa a favor de uma das partes em conflito, entra em choque com o conceito tradicional de manutenção de paz concebido como rigorosamente neutra desde a criação das Nações Unidas.
“Pela primeira vez, essa formulação foi usada de forma tão clara pela ONU para justificar a intervenção num conflito, denotando assim uma nova forma de agir na gestão de crises”, sublinhou Chicoty, citado pela agência oficial de notícia Angola Press (ANGOP).
O chefe da diplomacia angolana, que representa o Presidente José Eduardo dos Santos na Cimeira Extraordinária da UA, denunciou o intervencionismo armado e a forte implicação política de potências ocidentais na resolução das questões africanas, incluindo de política interna.
Destacou que o mundo está a viver grandes transformações que não podem deixar indiferente nenhuma Nação, visto que países africanos que haviam já feito enormes progressos são objeto de destruição sistemática e programada com consequências imprevisíveis para o futuro do continente.
Observou que, independentemente das experiências vividas, hoje ninguém sabe de onde virão os próximos conflitos e, por conseguinte, África não pode cruzar os braços e esperar que emerjam novas crises para encontrar soluções.
O ministro angolano das Relações Exteriores defendeu, por outro lado, que os Estados africanos devem assumir as suas responsabilidades perante a UA, proporcionando-lhe autonomia financeira para evitar a dependência das contribuições de países doadores.
-0- PANA TON/TON 26maio2011
Chicoty, que discursava na Cimeira Extraordinária da União Africana (UA) que decorre desde quarta-feira em Addis Abeba, afirmou que a nova tendência do Conselho de Segurança da ONU, de se engajar de forma ativa a favor de uma das partes em conflito, entra em choque com o conceito tradicional de manutenção de paz concebido como rigorosamente neutra desde a criação das Nações Unidas.
“Pela primeira vez, essa formulação foi usada de forma tão clara pela ONU para justificar a intervenção num conflito, denotando assim uma nova forma de agir na gestão de crises”, sublinhou Chicoty, citado pela agência oficial de notícia Angola Press (ANGOP).
O chefe da diplomacia angolana, que representa o Presidente José Eduardo dos Santos na Cimeira Extraordinária da UA, denunciou o intervencionismo armado e a forte implicação política de potências ocidentais na resolução das questões africanas, incluindo de política interna.
Destacou que o mundo está a viver grandes transformações que não podem deixar indiferente nenhuma Nação, visto que países africanos que haviam já feito enormes progressos são objeto de destruição sistemática e programada com consequências imprevisíveis para o futuro do continente.
Observou que, independentemente das experiências vividas, hoje ninguém sabe de onde virão os próximos conflitos e, por conseguinte, África não pode cruzar os braços e esperar que emerjam novas crises para encontrar soluções.
O ministro angolano das Relações Exteriores defendeu, por outro lado, que os Estados africanos devem assumir as suas responsabilidades perante a UA, proporcionando-lhe autonomia financeira para evitar a dependência das contribuições de países doadores.
-0- PANA TON/TON 26maio2011