PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
África regista balanço dececionante de políticas industriais, de acordo com peritos
Abidjan, Côte-d’Ivoire (PANA) – O balanço das políticas industriais do continente africano desde as independências é dececionante, de acordo com documentos básicos de peritos.
Estes documentos relacionam-se com um encontro de peritos sobre "a industrialização ao serviço da emergência de África", iniciada quinta-feira em Abidjan.
"A industrialização contribuiu para as exportações e o emprego nos países como a Malásia e a China e fez da Coreia do Sul, um país com economia relativamente pequena até em 1999, um dos maiores produtores de navios e de chips eletrónicos, mas o balanço de África nesta matéria e os resultados obtidos desde as independências foram largamente dececionantes", ressalta um destes documentos.
Para os seus autores, as causas deste desempenho do continente remontam ao período colonial, durante o qual a industrialização tinha a natureza extrativa, e que deixou como herança estruturas, instituições e conceitos baseados sempre na extração.
Na altura da independência, a estrutura das economias africanas não visava a transformação e a criação do valor acrescentado, mas visava antes de tudo a extração e a exportação das matérias-primas, sublinha.
O continente, depois das independências, não registou um bom desempenho com as políticas impostas do exterior, nomeadamente a política de substituição das importações que levou os países africanos a decidirem realmente industrializar-se, e programas de reajuste estrutural em virtude dos quais os países africanos foram constrangidos a desindustrializar-se.
No início dos anos 1960, indica o documento, a industrialização era considerada como um elemento central do programa de desenvolvimento de África que devia facilitar a passagem para uma economia industrial moderna.
Para alcançar esta meta, a maioria dos países adotou o modelo de substituição das importações nos anos 1960 e 1970, cujo elemento central consistia em proteger as empresas locais da concorrência estrangeira.
A reunião dos peritos, iniciada quinta-feira na capital económica ivoiriense, decorre em prelúdio à sexta conferência conjunta dos ministros africanos da Economia e Finanças, da Planificação e do Desenvolvimento Económico prevista para segunda-feira próxima sobre o lema "A Industrialização ao Serviço da Emergência de África".
Organizada pela Comissão Económica para África (CEA) e pela Comissão da União Africana (CUA), esta conferência constitui o principal fórum anual de concertação dos ministros das Finanças, da Economia e do Desenvolvimento económico e dos Governadores dos Bancos Centrais da África sobre questões ligadas ao programa de desenvolvimento do continente.
-0- PANA IT/JSG/IBA/CJB/DD 22mar2013
Estes documentos relacionam-se com um encontro de peritos sobre "a industrialização ao serviço da emergência de África", iniciada quinta-feira em Abidjan.
"A industrialização contribuiu para as exportações e o emprego nos países como a Malásia e a China e fez da Coreia do Sul, um país com economia relativamente pequena até em 1999, um dos maiores produtores de navios e de chips eletrónicos, mas o balanço de África nesta matéria e os resultados obtidos desde as independências foram largamente dececionantes", ressalta um destes documentos.
Para os seus autores, as causas deste desempenho do continente remontam ao período colonial, durante o qual a industrialização tinha a natureza extrativa, e que deixou como herança estruturas, instituições e conceitos baseados sempre na extração.
Na altura da independência, a estrutura das economias africanas não visava a transformação e a criação do valor acrescentado, mas visava antes de tudo a extração e a exportação das matérias-primas, sublinha.
O continente, depois das independências, não registou um bom desempenho com as políticas impostas do exterior, nomeadamente a política de substituição das importações que levou os países africanos a decidirem realmente industrializar-se, e programas de reajuste estrutural em virtude dos quais os países africanos foram constrangidos a desindustrializar-se.
No início dos anos 1960, indica o documento, a industrialização era considerada como um elemento central do programa de desenvolvimento de África que devia facilitar a passagem para uma economia industrial moderna.
Para alcançar esta meta, a maioria dos países adotou o modelo de substituição das importações nos anos 1960 e 1970, cujo elemento central consistia em proteger as empresas locais da concorrência estrangeira.
A reunião dos peritos, iniciada quinta-feira na capital económica ivoiriense, decorre em prelúdio à sexta conferência conjunta dos ministros africanos da Economia e Finanças, da Planificação e do Desenvolvimento Económico prevista para segunda-feira próxima sobre o lema "A Industrialização ao Serviço da Emergência de África".
Organizada pela Comissão Económica para África (CEA) e pela Comissão da União Africana (CUA), esta conferência constitui o principal fórum anual de concertação dos ministros das Finanças, da Economia e do Desenvolvimento económico e dos Governadores dos Bancos Centrais da África sobre questões ligadas ao programa de desenvolvimento do continente.
-0- PANA IT/JSG/IBA/CJB/DD 22mar2013