Agência Panafricana de Notícias

Responsável líbio saúde evolução da UA

Tripoli- Líbia (PANA) -- A pré-cimeira entre a União Africana (UA) e Organizações da Sociedade Civil Africana (OSC) é um novo mecanismo criado com vista a associar as OSC à tomada de decisão e testemunha a grande evolução da organização continental desde a proclamação a 9 de Setembro de 1999 da UA que passou duma organização burocrática tradicional sem eficácia para um instrumento de integração com diversas estruturas e instituições, afirmou recentemente o secretário-geral da Organização Nacional da Juventude líbia, Abdelhadi Haweij.
Numa entrevista à PANA, à margem da pré-cimeira UA-OSC realizada de 20 a 22 de Junho corrente em Tripoli, Haweij citou entre os mecanismos criados pela UA o Conselho de Segurança e Paz, o Conselho dos Direitos Humanos, o Tribunal Africano de Justiça, o Parlamento Panafricano bem como o Conselho Económico, Social e Cultural (ECOSOCC) encarregue das OSC.
Ele indicou que uma tradição foi instaurada desde o ano passado e que consiste em realizar, paralelamente à cimeira da UA, uma conferência das OSC que discute sobre as mesmas questões que as debatidas pela cimeira oficial e apresenta a visão, a experiência e as recomendações das organizações civis, do sector privado e dos indivíduos aos líderes africanos para se inspirar nisto visto que a cimeira é a das populações e organizações da sociedade civil africanas.
Haweij apelou às OSC para se organizarem, apresentando as suas melhores experiências, consolidando as suas fileiras, demonstrando transparência e trabalhando juntos.
Também exortou-as a formularem recomendações correspondentes aos desafios que se apresentam como contradições pois África é ao mesmo tempo o celeiro do mundo e o continente da fome.
Ele lamentou que, apesar das suas enormes potencialidades agrícolas e hidráulicas, o continente esteja confrontado com a pobreza e a doença.
Haweij indicou que, na véspera do terceiro milénio, é inadmissível que se discuta sobre os problemas de fome em África, de saneamento ou de falta de meios na medida em que é um continente rico.
Ele afirmou que a lacuna reside na ausência de conugação dos esforços para a complementaridade e a unificação dos países, na falta de promoção da acção de integração e na existência de obstáculos ao fluxos dos intercâmbios comerciais no espaço africano.
Ele advertiu que qualquer atraso na realização da complementaridade e da integração entre os países africanos conduzirá África a importar mesmo a banana e o café da América Latina e todos os outros produtos da Europa, o que fará do continente um simples mercado consumidor.
O secretário-geral da Organização da Juventude Líbia desejou que África deempenhasse um papel no universo dos espaços gigantes e na carta geopolítica, estimando que isto só pode ser possível através da complementaridade entre países africanos.
Ele sublinhou que o continente é dotado de todas as vantagens e mas que o problema não reside muito no financiamento mas na gestão do financiamento.
Não existem problemas de meios mas de gestão óptima destes meios mas com uma vontade comum, todos estes obstáculos podem ser ultrapassados, concluiu o secretário-geral da Organização da Juventude Líbia.
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