PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde instado a dessalinizar água para garantir necessidades da população
Praia, Cabo Verde (PANA) – Cabo Verde precisa de dessalinizar a água do mar para garantir a oferta suficiente à população confrontada com défice hídrico, defendeu quinta-feira o presidente da Agência Nacional de Água e Saneamento (ANAS) do arquipélago, Hércules Vieira.
O responsável falava à imprensa na abertura da jornada sobre “Dessalinização das águas - gestão sustentável, eficiência energética e uso de energia renovável”, realizada pela ANAS, em parceria com o Instituto Tecnológico das Canárias (ITC).
Ele explicou que, devido ao facto de o país ter pouca água, a dessalinização é uma opção estratégica não só para garantir a oferta suficiente para a população, como também para as outras necessidades económicas do país.
Hércules Vieira salientou que, apesar de uma boa parte das ilhas em Cabo Verde disporem já da tecnologia de dessalinização da água, existem constrangimentos que precisam de ser acautelados, nomeadamente o equilíbrio entre a oferta e a procura, a garantia regular do abastecimento da água, bem como assegurar esta oferta para o futuro.
O presidente da ANAS disse estar ciente de que a dessalinização é um processo “oneroso” e que exige algum suporte financeiro por parte dos parceiros de Cabo Verde.
Por isso, ele considera que o encontro a decorrer na capital cabo-verdiana vai ajudar o país a identificar a melhor forma de chegar aos financiamentos e poder implementar novas unidades de dessalinização.
Hércules Vieira sublinhou que, sabendo que as ilhas Canárias têm uma experiência “mais consistente” do que Cabo Verde nesta matéria, surgiu a ideia de partilhar experiência do arquipélgo espanhol e analisar até que ponto se pode maximizar esta opção.
Trata-se de uma opção tomada pelo país, numa parceria entre a ANAS, a empresa canarina ITC, a Associação Nacional dos Municípios de Cabo Verde (ANMCV) e a Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).
Por sua vez, o chefe do Departamento da Água do ITC, Baltazar Pineta, explicou que esta parceria se enquadra no Projeto ISLHáGUA-Reforço das capacidades e competências relativas à gestão dos recursos hídricos nas ilhas, liderado pelo ITC e cofinanciado pela União Europeia (UE).
“A realidade das Canárias é similar à de Cabo Verde, mas temos uma maior capacidade, ou seja, produzimos 600 mil metros cúbicos de água dessalinizada por dia, e há muitas ilhas em que o único recurso hídrico é a água dessalinizada. Por isso, esta é uma experiência importante para trazer para Cabo Verde e trabalhar juntos neste processo”, considerou.
No âmbito do projeto ISLHáGUA, que tem um tempo indeterminado e que já está no seu quarto ano, Baltazar Pineta precisou que várias atividades e ações já foram realizadas, tais como capacitar as pessoas em dessalinização e em energias renováveis.
Neste momento, disse, tal está acontecer no município de São Miguel, interior de Santiago, onde vai ser utilizado este processo para abastecimento da população.
Na ocasião, o embaixador da UE em Cabo Verde, José Manuel Pinto Teixeira, esclareceu que a União Europeia financia esta cooperação no âmbito do processo de integração regional na região da Macaronésia, dotado de um pacote financeiro de 33 milhões de euros para os próximos cinco anos.
-0- PANA CS/IZ 17julho2015
O responsável falava à imprensa na abertura da jornada sobre “Dessalinização das águas - gestão sustentável, eficiência energética e uso de energia renovável”, realizada pela ANAS, em parceria com o Instituto Tecnológico das Canárias (ITC).
Ele explicou que, devido ao facto de o país ter pouca água, a dessalinização é uma opção estratégica não só para garantir a oferta suficiente para a população, como também para as outras necessidades económicas do país.
Hércules Vieira salientou que, apesar de uma boa parte das ilhas em Cabo Verde disporem já da tecnologia de dessalinização da água, existem constrangimentos que precisam de ser acautelados, nomeadamente o equilíbrio entre a oferta e a procura, a garantia regular do abastecimento da água, bem como assegurar esta oferta para o futuro.
O presidente da ANAS disse estar ciente de que a dessalinização é um processo “oneroso” e que exige algum suporte financeiro por parte dos parceiros de Cabo Verde.
Por isso, ele considera que o encontro a decorrer na capital cabo-verdiana vai ajudar o país a identificar a melhor forma de chegar aos financiamentos e poder implementar novas unidades de dessalinização.
Hércules Vieira sublinhou que, sabendo que as ilhas Canárias têm uma experiência “mais consistente” do que Cabo Verde nesta matéria, surgiu a ideia de partilhar experiência do arquipélgo espanhol e analisar até que ponto se pode maximizar esta opção.
Trata-se de uma opção tomada pelo país, numa parceria entre a ANAS, a empresa canarina ITC, a Associação Nacional dos Municípios de Cabo Verde (ANMCV) e a Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).
Por sua vez, o chefe do Departamento da Água do ITC, Baltazar Pineta, explicou que esta parceria se enquadra no Projeto ISLHáGUA-Reforço das capacidades e competências relativas à gestão dos recursos hídricos nas ilhas, liderado pelo ITC e cofinanciado pela União Europeia (UE).
“A realidade das Canárias é similar à de Cabo Verde, mas temos uma maior capacidade, ou seja, produzimos 600 mil metros cúbicos de água dessalinizada por dia, e há muitas ilhas em que o único recurso hídrico é a água dessalinizada. Por isso, esta é uma experiência importante para trazer para Cabo Verde e trabalhar juntos neste processo”, considerou.
No âmbito do projeto ISLHáGUA, que tem um tempo indeterminado e que já está no seu quarto ano, Baltazar Pineta precisou que várias atividades e ações já foram realizadas, tais como capacitar as pessoas em dessalinização e em energias renováveis.
Neste momento, disse, tal está acontecer no município de São Miguel, interior de Santiago, onde vai ser utilizado este processo para abastecimento da população.
Na ocasião, o embaixador da UE em Cabo Verde, José Manuel Pinto Teixeira, esclareceu que a União Europeia financia esta cooperação no âmbito do processo de integração regional na região da Macaronésia, dotado de um pacote financeiro de 33 milhões de euros para os próximos cinco anos.
-0- PANA CS/IZ 17julho2015