PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Nigéria e África do Sul criticadas por prometer "ninharias" à Somália
Lagos, Nigéria (PANA) – A África do Sul e a Nigéria, os dois gigantes económicos do continente, foram duramente criticadas pela organização da sociedade civil "Africans Act 4 Africa" por terem prometido os "irrisórios" montantes de 2,2 milhões e um milhão de dólares americanos, respetivamente, ao fundo de assistência às vítimas da fome no Corno de África.
"Países como o Egipto e a Argélia lideram a iniciativa com 16,8 milhões e 10 milhões de dólares americanos, enquanto potências económicas como a Nigéria e a África do Sul estão atrás com promessas de apenas um milhão e 2,2 milhões de dólares», indica um comunicado da organização.
Segundo o documento, a soma prometida pela África do Sul representa cerca de um terço das suas quotas proporcionais. "Estes países deviam poder fazer o mesmo, senão melhor, do que a Argélia (...) Se os dirigentes da UA prometessem 100 milhões de dólares, estariam a dar provas de um compromisso sério de fazer desta fome a última de África", acrescentou.
Até agora, os Governos africanos prometeram 21 milhões de dólares, um montante que apenas representa promessas de um pequeno grupo de governos e se situa muito aquém da soma mínima de 50 milhões de dólares americanos equivalentes à quota proporcional de África na ajuda às vítimas da fome e da seca no Corno de África.
Nesta quinta-feira, os dirigentes africanos vão reunir-se em Addis Abeba, na Etiópia, para uma conferência de anúncio de contribuições da União Africana (UA) para fornecer a ajuda desesperadamente procurada para salvar vidas no Corno de África.
A Africans 4 Africa indica igualmente que pequenas economias como o Gabão e a Guiné Equatorial se distinguiram de forma admirável com promessas de 2,5 milhões e 2,8 milhões de dólares americanos respetivamente, num contraste notório com países de tamanho comparável como o Gana, que prometeu 500 mil dólares americanos, e a Zâmbia que ainda não prometeu nada.
"Se acreditamos realmente em soluções africanas para problemas africanos, devemos demonstrar isso muito claramente, não só por palavras mas também por atos, e não só à comunidade internacional mas também aos nossos compatriotas africanos", sublinha a nota.
Por outro lado, prossegue, "temos de fazer com que esta (reunião) não seja apenas mais um encontro para discursos em que os dirigentes da UA gastam rios de dinheiro com a deslocação, o protocolo e as suas equipas".
"Esta conferência não deve ser mais uma para a UA e, enquanto cidadãos africanos, exigimos que os nossos Governos tomem decisões importantes agora para salvar as vidas de 12 milhões de homens, mulheres e crianças expostos à crise alimentar que assola o Corno de África", insistiu o comunicado.
Por seu turno, os membros do grupo prometeram observar um jejum de 12 horas, nesta quinta-feira, em solidariedade para com as 12 milhões de pessoas vítimas da crise alimentar no Corno de África.
"Os nossos membros vão dar o dinheiro que teriam gastado nestas 12 horas para alimentar-se para participar no esforço de ajuda ao Corno de África. Os cidadãos africanos mostraram a sua compaixão e o seu desejo de ajudar as vítimas desta crise e, em alguns casos, dão mais do que os seus Governos nacionais", conclui o documento.
-0- PANA SB/VAO/FJG/AAS/CJB/IZ 24ago2011
"Países como o Egipto e a Argélia lideram a iniciativa com 16,8 milhões e 10 milhões de dólares americanos, enquanto potências económicas como a Nigéria e a África do Sul estão atrás com promessas de apenas um milhão e 2,2 milhões de dólares», indica um comunicado da organização.
Segundo o documento, a soma prometida pela África do Sul representa cerca de um terço das suas quotas proporcionais. "Estes países deviam poder fazer o mesmo, senão melhor, do que a Argélia (...) Se os dirigentes da UA prometessem 100 milhões de dólares, estariam a dar provas de um compromisso sério de fazer desta fome a última de África", acrescentou.
Até agora, os Governos africanos prometeram 21 milhões de dólares, um montante que apenas representa promessas de um pequeno grupo de governos e se situa muito aquém da soma mínima de 50 milhões de dólares americanos equivalentes à quota proporcional de África na ajuda às vítimas da fome e da seca no Corno de África.
Nesta quinta-feira, os dirigentes africanos vão reunir-se em Addis Abeba, na Etiópia, para uma conferência de anúncio de contribuições da União Africana (UA) para fornecer a ajuda desesperadamente procurada para salvar vidas no Corno de África.
A Africans 4 Africa indica igualmente que pequenas economias como o Gabão e a Guiné Equatorial se distinguiram de forma admirável com promessas de 2,5 milhões e 2,8 milhões de dólares americanos respetivamente, num contraste notório com países de tamanho comparável como o Gana, que prometeu 500 mil dólares americanos, e a Zâmbia que ainda não prometeu nada.
"Se acreditamos realmente em soluções africanas para problemas africanos, devemos demonstrar isso muito claramente, não só por palavras mas também por atos, e não só à comunidade internacional mas também aos nossos compatriotas africanos", sublinha a nota.
Por outro lado, prossegue, "temos de fazer com que esta (reunião) não seja apenas mais um encontro para discursos em que os dirigentes da UA gastam rios de dinheiro com a deslocação, o protocolo e as suas equipas".
"Esta conferência não deve ser mais uma para a UA e, enquanto cidadãos africanos, exigimos que os nossos Governos tomem decisões importantes agora para salvar as vidas de 12 milhões de homens, mulheres e crianças expostos à crise alimentar que assola o Corno de África", insistiu o comunicado.
Por seu turno, os membros do grupo prometeram observar um jejum de 12 horas, nesta quinta-feira, em solidariedade para com as 12 milhões de pessoas vítimas da crise alimentar no Corno de África.
"Os nossos membros vão dar o dinheiro que teriam gastado nestas 12 horas para alimentar-se para participar no esforço de ajuda ao Corno de África. Os cidadãos africanos mostraram a sua compaixão e o seu desejo de ajudar as vítimas desta crise e, em alguns casos, dão mais do que os seus Governos nacionais", conclui o documento.
-0- PANA SB/VAO/FJG/AAS/CJB/IZ 24ago2011