PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde considera cruciais reformas da ONU
Praia, Cabo Verde (PANA) - O primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, defendeu, em Nova Iorque, ser "crucial" a continuidade das reformas da Organização das Nações Unida (ONU) para fazer face aos novos desafios a que a comunidade internacional tem de fazer face.
Discursando quinta-feira no Debate Geral da 70ª Assembleia Geral das Nações Unidas, o chefe do Executivo cabp-verdianp considerou este evento "uma oportunidade de reflexão" sobre o papel da ONU num mundo em transformação, salientando a necessidade de continuar os esforços de reforma da instituição para que possa melhor corresponder às expetativas.
José Maria Neves lançou um apelo para uma negociação construtiva com vista “à revitalização dos poderes da Assembleia Geral e a um entendimento sobre novos figurinos do Conselho de Segurança” que, defendeu, “possam refletir as mudanças ocorridas no mundo e uma representação mais equitativa e adequada".
Falando pela última vez na Assembleia Geral da ONU na qualidade de primeiro-ministro de Cabo Verde, uma vez que vai abandonar o cargo no próximo ano, ele apontou entre os desafios a enfrentar pelas Nações Unidas os conflitos que assolam, sobretudo, o Médio Oriente e o continente africano.
“São desafios globais como o mostram a crise migratória para a Europa hoje, devido, sobretudo ao conflicto na Síria”, disse José Maria Neves, sublinhando que destes conflitos resultam milhares de refugiados que, “em condições desumanas, num ato de total desespero em busca de melhores condições de vida, encontram a morte, pondo a descoberto um problema que tem raízes e ramificações profundas de cariz económico, social, político, ambiental e humanitário”.
Segundo ele, “este problema global dos refugiados, diria este grande problema da Humanidade, requer engajamento consequente de todos”.
O primeiro-ministro cabo-verdiano disse que o terrorismo é outro grande desafio que interpela a comunidade internacional a redobrar esforços no combate a este fenómeno e ao extremismo sob todas as suas formas e manifestações.
Ele reiterou que Cabo Verde, país que se orgulha de ser “uma referência em termos de liberdades, democracia, estado de direito, respeito e defesa dos direitos humanos e promoção da dignidade humana”, condena “firmemente” todas as formas de terrorismo e em particular as ações bárbaras de grupos extremistas, nomeadamente no Médio Oriente, na Ásia e em África.
"Cabo Verde junta a sua voz àqueles que clamam por uma rápida solução dos conflitos com base numa conjugação de esforços e no respeito pelo Direito Internacional", sublinhou.
O primeiro-ministro cabo-verdiano, que a 25 de setembro falou em Nova Iorque no âmbito da reunião de alto nível para adotar os objetivos de desenvolvimento sustentável até 2030, repetiu os apelos para atenção especial aos pequenos estados insulares.
"Nas especificidades dos pequenos estados insulares, de que Cabo Verde é um caso paradigmático, haverá que considerar alguns elementos essenciais quais sejam a ameaça à sua sobrevivência em virtude das mudanças climáticas; a sua especial vulnerabilidade perante as catástrofes naturais; os riscos de perda da sua biodiversidade; a reduzida dimensão dos seus mercados; os elevados custos de energia e de transportes e as dificuldades de acesso ao financiamento", lembrou.
À margem da sua estada em Nova Iorque, José Maria Neves manteve ao longo da semana encontros com homólogos de vários países, nomeadamente de Timor-Leste e São Tomé e Príncipe.
Durante os encontros foi analisada a possibilidade de José Maria Neves visitar Timor-Leste em novembro e um convite para que o primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada, visite Cabo Verde, em janeiro de 2016.
O primeiro-ministro cabo-verdiano reuniu-se igualmente com o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, com quem discutiu a hipótese de criação, em Cabo Verde, de um centro de coordenação dos pequenos estados insulares lusófonos.
Desde segunda-feira até sábado, cerca de 200 chefes de Estado e de Governo participam em Nova Iorque na 70.ª Assembleia Geral das ONU sob o lema "Nações Unidas aos 70 anos: O Caminho para a Paz, Segurança e Direitos Humanos".
-0- PANA CS/TON 02outubro2015
Discursando quinta-feira no Debate Geral da 70ª Assembleia Geral das Nações Unidas, o chefe do Executivo cabp-verdianp considerou este evento "uma oportunidade de reflexão" sobre o papel da ONU num mundo em transformação, salientando a necessidade de continuar os esforços de reforma da instituição para que possa melhor corresponder às expetativas.
José Maria Neves lançou um apelo para uma negociação construtiva com vista “à revitalização dos poderes da Assembleia Geral e a um entendimento sobre novos figurinos do Conselho de Segurança” que, defendeu, “possam refletir as mudanças ocorridas no mundo e uma representação mais equitativa e adequada".
Falando pela última vez na Assembleia Geral da ONU na qualidade de primeiro-ministro de Cabo Verde, uma vez que vai abandonar o cargo no próximo ano, ele apontou entre os desafios a enfrentar pelas Nações Unidas os conflitos que assolam, sobretudo, o Médio Oriente e o continente africano.
“São desafios globais como o mostram a crise migratória para a Europa hoje, devido, sobretudo ao conflicto na Síria”, disse José Maria Neves, sublinhando que destes conflitos resultam milhares de refugiados que, “em condições desumanas, num ato de total desespero em busca de melhores condições de vida, encontram a morte, pondo a descoberto um problema que tem raízes e ramificações profundas de cariz económico, social, político, ambiental e humanitário”.
Segundo ele, “este problema global dos refugiados, diria este grande problema da Humanidade, requer engajamento consequente de todos”.
O primeiro-ministro cabo-verdiano disse que o terrorismo é outro grande desafio que interpela a comunidade internacional a redobrar esforços no combate a este fenómeno e ao extremismo sob todas as suas formas e manifestações.
Ele reiterou que Cabo Verde, país que se orgulha de ser “uma referência em termos de liberdades, democracia, estado de direito, respeito e defesa dos direitos humanos e promoção da dignidade humana”, condena “firmemente” todas as formas de terrorismo e em particular as ações bárbaras de grupos extremistas, nomeadamente no Médio Oriente, na Ásia e em África.
"Cabo Verde junta a sua voz àqueles que clamam por uma rápida solução dos conflitos com base numa conjugação de esforços e no respeito pelo Direito Internacional", sublinhou.
O primeiro-ministro cabo-verdiano, que a 25 de setembro falou em Nova Iorque no âmbito da reunião de alto nível para adotar os objetivos de desenvolvimento sustentável até 2030, repetiu os apelos para atenção especial aos pequenos estados insulares.
"Nas especificidades dos pequenos estados insulares, de que Cabo Verde é um caso paradigmático, haverá que considerar alguns elementos essenciais quais sejam a ameaça à sua sobrevivência em virtude das mudanças climáticas; a sua especial vulnerabilidade perante as catástrofes naturais; os riscos de perda da sua biodiversidade; a reduzida dimensão dos seus mercados; os elevados custos de energia e de transportes e as dificuldades de acesso ao financiamento", lembrou.
À margem da sua estada em Nova Iorque, José Maria Neves manteve ao longo da semana encontros com homólogos de vários países, nomeadamente de Timor-Leste e São Tomé e Príncipe.
Durante os encontros foi analisada a possibilidade de José Maria Neves visitar Timor-Leste em novembro e um convite para que o primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada, visite Cabo Verde, em janeiro de 2016.
O primeiro-ministro cabo-verdiano reuniu-se igualmente com o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, com quem discutiu a hipótese de criação, em Cabo Verde, de um centro de coordenação dos pequenos estados insulares lusófonos.
Desde segunda-feira até sábado, cerca de 200 chefes de Estado e de Governo participam em Nova Iorque na 70.ª Assembleia Geral das ONU sob o lema "Nações Unidas aos 70 anos: O Caminho para a Paz, Segurança e Direitos Humanos".
-0- PANA CS/TON 02outubro2015