Agência Panafricana de Notícias

Empresário rwandês acusa agentes ugandeses de tortura

Kigali, Ruanda (PANA) - O empresário rwandês Fidel Gatsinzi mostrou à imprensa, sexta-feira, os "terríveis" ferimentos que teria sofrido durante a sua detenção da por presumíveis agentes dos Serviços de Inteligência Militar ugandesa (CMI).

Ele declarou que foi libertado sem acusações claras depois de duas semanas de detenção.

Gatsinzi disse que os supostos agentes da Inteligência militar ugandesa o teriam sequestrado quando se encontrava em Kampala, capital do Uganda.

"Após a detenção, os agentes (ugandeses) interrogaram-me antes de picar minha pele várias vezes por entrada ilegal no território ugandês", explicou.

Esta detenção ocorreu algumas semanas após que um grupo de jovens foi preso no Uganda, por viajar com falsos documentos de viagem temporários ugandeses que alegavam terem recebido da inteligência militar ugandensa, para permitir ao grupo atravessar a Tanzânia e o Burundi e chegar finalmente a Minebwe, no Kivu-Sul, na República Democrática do Congo.

Desde setembro passado, dezenas de Rwandeses foram arbitrariamente detidos pelos CMI em circunstâncias pouco claras e alegadamente torturados para forçá-los a fazer confissões falsas como espiões ruandeses.

Diante da multiplicação dessas detenções, o medo geral entre os Rwandeses de viajar para o Uganda cresce diariamente.

-0- PANA TWA/VAO/MMS/DIM/IZ 24dez2017