PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Ex-Presidente lança novo partido para "tirar Tunísia do impasse"
Túnis, Tunísia (PANA) - O ex-Presidente tunisino, Moncef Marzouki, anunciou domingo o lançamento dum novo partido destinado, segundo ele, a tirar o país do "impasse em que está atualmente mergulhado".
Marzouki organizou um comício numa sala cheia em Túnis, marcando o seu regresso à cena política, um ano depois da sua derrota nas eleições face ao seu opositor, o veterano Beji Caid Essebsi (90 anos de idade).
Ele justificou a sua iniciativa pelo "fracasso das novas autoridades que ultrapassou todas as previsões".
"Hoje, a Tunísia debate-se com crises múltiplas cuja gravidade é de ordem psicológica e moral. O horizonte é novamente sombrio como antes da revolução", considerou.
Ele apresentou um quadro "catastrófico" da situação atual com "uma taxa de crescimento de zero por cento, uma dívida que aumentou, ausência de investimentos e uma inflação crescente".
Este defensor dos direitos humanos acusou particularmente o seu antecessor e o novo Governo de favorecer "com força" o regresso da corrupção através dum projeto de lei controverso sobre a "reconciliação económica e financeira", alegando desenvolver a economia em decadência.
Segundo ele, mesmo as liberdades estão ameaçadas de ser "sacrificadas" para garantir a segurança e combater o terrorismo.
A Tunísia foi alvo nos últimos meses de três atentados terroristas mortíferos reivindicados pela organização Estado Islâmico, com mais de 70 mortos entre turistas estrangeiros e membros da segurança presidencial.
No fim de semana, a Embaixada dos Estados Unidos em Túnis, bem como as autoridades britânicas e francesas lançaram advertências aos seus cidadãos para manter a vigilância e evitar os locais sensíveis devido a riscos de atentados, nomeadamente, nas grandes superfícies.
O resultado mais notável foi a baixa vertiginosa do turismo, principal motor do crescimento do país.
Num comunicado, o novo partido propõe-se velar pelo respeito da nova Constituição "violada", segundo ele, pelo poder atual, para ancorar a democracia, as liberdades e os direitos culturais, económicos e sociais através da "alternância pacífica no poder".
Ele pensa "consagrar a soberania do povo sobre os recursos naturais, combater o terrorismo nas suas raízes e a corrupção e instaurar a estabilidade e a segurança".
Entre os seus objetivos "prioritários", mencionou a luta contra a pobreza e o desemprego e o desequilíbrio entre as regiões.
-0- PANA BB/TBM/IBA/MAR/IZ 21dez2015
Marzouki organizou um comício numa sala cheia em Túnis, marcando o seu regresso à cena política, um ano depois da sua derrota nas eleições face ao seu opositor, o veterano Beji Caid Essebsi (90 anos de idade).
Ele justificou a sua iniciativa pelo "fracasso das novas autoridades que ultrapassou todas as previsões".
"Hoje, a Tunísia debate-se com crises múltiplas cuja gravidade é de ordem psicológica e moral. O horizonte é novamente sombrio como antes da revolução", considerou.
Ele apresentou um quadro "catastrófico" da situação atual com "uma taxa de crescimento de zero por cento, uma dívida que aumentou, ausência de investimentos e uma inflação crescente".
Este defensor dos direitos humanos acusou particularmente o seu antecessor e o novo Governo de favorecer "com força" o regresso da corrupção através dum projeto de lei controverso sobre a "reconciliação económica e financeira", alegando desenvolver a economia em decadência.
Segundo ele, mesmo as liberdades estão ameaçadas de ser "sacrificadas" para garantir a segurança e combater o terrorismo.
A Tunísia foi alvo nos últimos meses de três atentados terroristas mortíferos reivindicados pela organização Estado Islâmico, com mais de 70 mortos entre turistas estrangeiros e membros da segurança presidencial.
No fim de semana, a Embaixada dos Estados Unidos em Túnis, bem como as autoridades britânicas e francesas lançaram advertências aos seus cidadãos para manter a vigilância e evitar os locais sensíveis devido a riscos de atentados, nomeadamente, nas grandes superfícies.
O resultado mais notável foi a baixa vertiginosa do turismo, principal motor do crescimento do país.
Num comunicado, o novo partido propõe-se velar pelo respeito da nova Constituição "violada", segundo ele, pelo poder atual, para ancorar a democracia, as liberdades e os direitos culturais, económicos e sociais através da "alternância pacífica no poder".
Ele pensa "consagrar a soberania do povo sobre os recursos naturais, combater o terrorismo nas suas raízes e a corrupção e instaurar a estabilidade e a segurança".
Entre os seus objetivos "prioritários", mencionou a luta contra a pobreza e o desemprego e o desequilíbrio entre as regiões.
-0- PANA BB/TBM/IBA/MAR/IZ 21dez2015