Sida afeta mais mulheres do que homens no Burundi
Bujumbura, Burundi (PANA) – A pandemia da sida afeta ainda mais pessoas de sexo feminino, ou seja 1,2 por cento contra 0,6 por cento de homens, constataram autoridades burundesas.
A constatação foi feita por ocasião da 31.ª edição do Dia Mundial de luta contra a Sida, celebrada domingo, 1 de dezembro de 2019.
Nos meios urbanos, foram registados 2,5 por cento contra 0,7 por cento nas zona rurais do Burundi, onde este flagelo mundial apareceu em 1983.
As mesmas diferenças observam-se para as raparigas e os rapazes dos 15 aos 24 anos de idade, que registam as taxas de seroprevalência de 0,3 por cento e 0,1 por cento, respetivamente.
A taxa de seroprevalência nacional diminuiu sensivelmente nos últimos anos, passando de seis por cento, em 2002, para 0,9 por cento em 2019, segundo o ministro burundês da Saúde Pública e Luta contra o VIH/SIDA, Thaddée Ndikumana.
O VIH pediátrico continua a ser o desafio maior na luta contra a pandemia no Burundi na sequência de novos casos detetados, segundo a mesma fonte.
O Burundi faz parte dos 21 países prioritários que têm uma taxa de eliminação ainda baixa em 80 por cento relativa à transmissão do VIH/Sida da mãe para o filho.
Outras estimativas comparativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o Burundi faz parte dos 41 países no mundo com forte prevalência da “infeção associada à Tuberculose/VIH.
Relativos aos esforços de prevenção da contaminação por via sexual, um relatório de 2018 do Programa Nacional de Luta contra a Sida e Infeções Sexualmente Transmissíveis (PNLS/IST) anunciou ter distribuído gratuitamente quase 14 milhões de preservativos masculinos e 261 mil preservativos femininos.
Estes esforços de prevenção também incluem a promoção dos comportamentos sexuais de menor risco, o tratamento das IST, o conselho e a despistagem voluntária, o envolvimento dos líderes comunitários e religiosos bem como a formação dos prestadores de serviço.
-0- PANA FB/BEH/SOC/FK/DD 1dez2019