Dois sindicatos da administração maliana ameaçam greve
Bamako, Mali (PANA) - Um sindicato dos administradores civis e dos trabalhadores do Ministério da Administração Territorial ameaçam observar uma greve de 360 horas renováveis, a partir de 19 de outubro corrente, se as suas exigências não forem satisfeitas, de acordo com um comunicado publicado quarta-feira.
As reivindicações são a libertação de dois dos seus colegas raptados por terroristas, há vários meses, a concessão dum subsídio de risco de 400 mil francos CFA (cerca de oitocentos dólares americanos) aos administradores civis e aos membros da corporação prefeitoral, segundo o documento.
Eles pedem igualmente a concessão aos mesmos trabalhadores de uma compensação especial e de uma iuma outra de residência para os que não benificiarem de alojamentos disponibilizados pelo Estado.
Do desiderato constam ainda o aumento do subsídio de função especial de 300 por cento atribuído ao pessoal dos serviços do Ministério da Administração Territorial, a fixação do número de agentes de segurança transferidos para os representantes do Estado e a sua disponilização efetiva o mais tardar a 30 de outubro corrente, a garantia efetiva, no orçamento do Estado, dos salários e acessórios dos funcionários das coletividades territoriais dependentes do quadro da Administração Geral.
Reclamam, além disso, pela releitura dos quadros orgânicos dos serviços estatais para prever as corporações dos funcionários das coletividades territoriais do quadro da administração geral e a elaboração dum plano de carreira para os funcionários das coletividades territoriais do quadro da administração geral.
Os dois sindicatos projetaram, em agosto último, uma greve, mas negociações com a junta militar, que assumiu o poder a 18 de agosto último no Mali, culminaram no seu adiamento.
Os dois movimentos decidiram manifestar-se na próxima quinta-feira em Bamako para a libertação de dois dos seus colegas sequestrados por terroristas, há vários meses, designadamente o prefeito de Gourma Rharous (norte), Drissa Sanogo, e o subprefeito de Farako (centro), Ali Cissé.
-0- PANA GT/JSG/FK/DD 14out2020