PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Dançarinos portugueses ensinam Kizomba angolana em Moçambique
Luanda, Angola (PANA) - Uma escola para o ensino da Kizomba, dança popular angolana, funciona desde 2011 na capital moçambicana, Maputo, tendo já formado cerca de mil e 200 pessoas desde a sua criação por um grupo de dançarinos portugueses, revelou quinta-feira a imprensa angolana.
Localizada na Avenida Vladimir Lénine, a Escola de Kizomba de Maputo é dirigida por Carlos Adrega e Sara Espírito Santo, dois dançarinos portugueses que decidiram investir no negócio depois de constatarem a grande apetência pela dança de origem angolana por parte de muitos Moçambicanos, indica o Jornal de Angola numa reportagem datada de Maputo.
O diário explica que Carlos e Sara, chegados a Maputo numa missão de cooperação, começaram a ensinar a dança a algumas pessoas amigas, mas depressa o grupo ganhou mais entusiastas e as solicitações eram cada vez maiores, surgindo assim a ideia de criar a escola.
No princípio, eram poucos alunos, mas a cada dia que passava aumentava o número de candidatos, até que chegou uma altura em que foi necessário dividir os alunos em turmas
de 30 ou mais alunos, explicaram Carlos e Sara ao Jornal de Angola.
As turmas estão estruturadas por níveis que vão desde o de pré-iniciados e iniciados ao de avançados, passando pelos de intermédio I e intermédio II, sendo o primeiro reservado à aprendizagem do ABC da Kizomba e os subsequentes sucessivamente às fases seguintes.
"Os avançados são já dançarinos com algum traquejo, que até podem disputar com um Angolano, em qualquer concurso", disse com orgulho Carlos Adrega, observando que os intermédios "já podem mesmo arriscar-se a dar umas passadas numa discoteca ou festa familiar, embora alguns ainda se mostrem algo desajeitados".
Carlos Adrega contou que descobriu a Kizomba em Portugal, através de dançarinos angolanos e cabo-verdianos, e ficou encantado e apaixonado com os passos.
“É uma dança tipicamente angolana, mas hoje é dançada em muitas partes do mundo, principalmente na Europa. A Kizomba tem tido uma grande adesão. Foi em Portugal que tive os primeiros contactos com a dança, com Angolanos e Cabo-verdianos", lembrou.
Sobre os resultados destes primeiros dois anos de trabalho na escola, Adrega disse que a Escola de Kizomba de Maputo tem tido "algum sucesso", exemplificando com a vitória obtida no concurso “África Dançar”, realizado em 2011 em Portugal.
Realçou que a escola é frequentada essencialmente por pessoas da classe média-alta e, às vezes, "muito alta", incluindo "ex-ministros, gente com cargos muito importantes em bancos, empresas e ministérios, bem como pessoas de renome da sociedade moçambicana”.
De acordo com ele, a procura é tão grande que vai ter de mudar de instalações, para tentar corresponder. “O espaço já é pequeno (...) Tenho andado à procura de um espaço maior que, felizmente, já encontrámos”, disse
Carlos conta que muitos dos seus alunos se deslocam a Angola, por diversos motivos, e tentam aplicar o que aprenderam em discotecas e não se têm saído mal.
“Alguns alunos nossos têm ido a Angola de férias, ou por outras razões. Vão às discotecas e dizem-nos que as pessoas ficam espantadas com o grau técnico que apresentam e o quanto eles sabem sobre Kizomba”.
Por seu turno, a sua companheira Sara diz também estar satisfeita e acha que não é difícil o trabalho de ensinar, porque é tudo feito com gosto e os alunos são muito empenhados, prestando atenção particular às crianças, que evoluem "mais facilmente do que os adultos".
“Temos aqui famílias inteiras. Registo aqui o caráter social desta dança. Temos pais, tios, sobrinhos, filhos e avós. Temos famílias completas. Primeiro vieram os pais, depois trouxeram os filhos, os irmãos, os sobrinhos, e assim por diante", disse.
A inscrição custa 100 meticais (cerca de 300 kwanzas angolanos ou três dólares americanos), e a propina mensal é de 700 meticais (quase dois e 100 kwanzas ou 21 dólares americanos).
-0- PANA IZ 17out2013
Localizada na Avenida Vladimir Lénine, a Escola de Kizomba de Maputo é dirigida por Carlos Adrega e Sara Espírito Santo, dois dançarinos portugueses que decidiram investir no negócio depois de constatarem a grande apetência pela dança de origem angolana por parte de muitos Moçambicanos, indica o Jornal de Angola numa reportagem datada de Maputo.
O diário explica que Carlos e Sara, chegados a Maputo numa missão de cooperação, começaram a ensinar a dança a algumas pessoas amigas, mas depressa o grupo ganhou mais entusiastas e as solicitações eram cada vez maiores, surgindo assim a ideia de criar a escola.
No princípio, eram poucos alunos, mas a cada dia que passava aumentava o número de candidatos, até que chegou uma altura em que foi necessário dividir os alunos em turmas
de 30 ou mais alunos, explicaram Carlos e Sara ao Jornal de Angola.
As turmas estão estruturadas por níveis que vão desde o de pré-iniciados e iniciados ao de avançados, passando pelos de intermédio I e intermédio II, sendo o primeiro reservado à aprendizagem do ABC da Kizomba e os subsequentes sucessivamente às fases seguintes.
"Os avançados são já dançarinos com algum traquejo, que até podem disputar com um Angolano, em qualquer concurso", disse com orgulho Carlos Adrega, observando que os intermédios "já podem mesmo arriscar-se a dar umas passadas numa discoteca ou festa familiar, embora alguns ainda se mostrem algo desajeitados".
Carlos Adrega contou que descobriu a Kizomba em Portugal, através de dançarinos angolanos e cabo-verdianos, e ficou encantado e apaixonado com os passos.
“É uma dança tipicamente angolana, mas hoje é dançada em muitas partes do mundo, principalmente na Europa. A Kizomba tem tido uma grande adesão. Foi em Portugal que tive os primeiros contactos com a dança, com Angolanos e Cabo-verdianos", lembrou.
Sobre os resultados destes primeiros dois anos de trabalho na escola, Adrega disse que a Escola de Kizomba de Maputo tem tido "algum sucesso", exemplificando com a vitória obtida no concurso “África Dançar”, realizado em 2011 em Portugal.
Realçou que a escola é frequentada essencialmente por pessoas da classe média-alta e, às vezes, "muito alta", incluindo "ex-ministros, gente com cargos muito importantes em bancos, empresas e ministérios, bem como pessoas de renome da sociedade moçambicana”.
De acordo com ele, a procura é tão grande que vai ter de mudar de instalações, para tentar corresponder. “O espaço já é pequeno (...) Tenho andado à procura de um espaço maior que, felizmente, já encontrámos”, disse
Carlos conta que muitos dos seus alunos se deslocam a Angola, por diversos motivos, e tentam aplicar o que aprenderam em discotecas e não se têm saído mal.
“Alguns alunos nossos têm ido a Angola de férias, ou por outras razões. Vão às discotecas e dizem-nos que as pessoas ficam espantadas com o grau técnico que apresentam e o quanto eles sabem sobre Kizomba”.
Por seu turno, a sua companheira Sara diz também estar satisfeita e acha que não é difícil o trabalho de ensinar, porque é tudo feito com gosto e os alunos são muito empenhados, prestando atenção particular às crianças, que evoluem "mais facilmente do que os adultos".
“Temos aqui famílias inteiras. Registo aqui o caráter social desta dança. Temos pais, tios, sobrinhos, filhos e avós. Temos famílias completas. Primeiro vieram os pais, depois trouxeram os filhos, os irmãos, os sobrinhos, e assim por diante", disse.
A inscrição custa 100 meticais (cerca de 300 kwanzas angolanos ou três dólares americanos), e a propina mensal é de 700 meticais (quase dois e 100 kwanzas ou 21 dólares americanos).
-0- PANA IZ 17out2013