PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo-verdianos reclamam por medidas urgentes para minimizar efeitos da seca
Praia, Cabo Verde (PANA) – As populações do interior da ilha cabo-verdina de Santiago pediram, domingo, a intervenção do Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, junto do Governo no sentido de serem implementadas, com a urgência necessária, as medidas anunciadas para minimizar os efeitos da seca severa que assola o arquipélago.
Durante uma visita que efetuou domingo a várias localidades no interior da maior e mais populosa ilha de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca pôde constatar a aflição dos camponeses, nomeadamente agricultores e criadores de gados, perante a quase nula produção agrícola, a escassez de água e a falta de pasto para os animais.
No concelho de Santa Cruz, onde se localizam duas das principais barragens da ilha de Santiago, o chefe de Estado cabo-verdiano foi ainda confrontado com a cada vez mais frequente falta de água potável para consumo das populações.
No Poilão, onde foi construída a primeira barragem de retenção de águas pluviais, os agricultores assinalaram a significativa descida do nível da barragem e o seu consequente assoreamento.
Para Carlos Tavares, presidente da Associação de Agricultores da Barragem do Poilão, além das dificuldades para os agricultores e da falta de pasto para o gado, as populações deparam-se com um "problema de água potável", que "só poderá ser resolvido com recurso a furos".
Os agricultores asseguram que, este ano, em comparação com a situação de seca que se viveu no país, em 2014, a barragem está com muito menos água e que a muito curto prazo deixará de haver água na infraestrutura.
O chefe de Estado, que sexta-feira manteve uma reunião com o Governo sobre este tema, disse que o Executivo tem noção das necessidades e que estima até final do mês de novembro ver as medidas aplicadas no terreno.
"O problema é que num clima normal de alguma ansiedade e de alguma preocupação, as soluções e as medidas têm que ser rápidas. Tem que se agilizar os processos e minimizar o máximo possível as teias burocráticas", sublinhou.
Realçando que "a seca em Cabo Verde pode acontecer em qualquer ano”, Jorge Carlos Fonseca obseevou que o país deve estar preparado para enfrentar as secas sem necessidade de, no próprio momento de seca, se estar à procura dos apoios, a mobilizar os recursos e os parceiros.
“Temos que aprender a viver com isso e ter capacidade de previsibilidade e prevenção", precisou, defendendo, por isso, a criação de um fundo permanente para responder às situações de catástrofe e emergência com a criação de um fundo permanente para responder a essas situações.
O Presidente cabo-verdiano disse ainda que tentou passar às populações uma "palavra de conforto, de esperança e de confiança de que as soluções chegarão a tempo".
O Governo cabo-verdiano já aprovou um plano de emergência para a mitigação dos efeitos da seca e do mau ano agrícola, estimado em cerca de sete milhões de euros.
No entanto, ainda está a mobilizar recursos junto dos parceiros internacionais para implementar as medidas prioritárias como o salvamento do gado, a mobilização de água, o acesso a financiamento e a criação de emprego.
-0- PANA CS/IZ 06nov2017
Durante uma visita que efetuou domingo a várias localidades no interior da maior e mais populosa ilha de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca pôde constatar a aflição dos camponeses, nomeadamente agricultores e criadores de gados, perante a quase nula produção agrícola, a escassez de água e a falta de pasto para os animais.
No concelho de Santa Cruz, onde se localizam duas das principais barragens da ilha de Santiago, o chefe de Estado cabo-verdiano foi ainda confrontado com a cada vez mais frequente falta de água potável para consumo das populações.
No Poilão, onde foi construída a primeira barragem de retenção de águas pluviais, os agricultores assinalaram a significativa descida do nível da barragem e o seu consequente assoreamento.
Para Carlos Tavares, presidente da Associação de Agricultores da Barragem do Poilão, além das dificuldades para os agricultores e da falta de pasto para o gado, as populações deparam-se com um "problema de água potável", que "só poderá ser resolvido com recurso a furos".
Os agricultores asseguram que, este ano, em comparação com a situação de seca que se viveu no país, em 2014, a barragem está com muito menos água e que a muito curto prazo deixará de haver água na infraestrutura.
O chefe de Estado, que sexta-feira manteve uma reunião com o Governo sobre este tema, disse que o Executivo tem noção das necessidades e que estima até final do mês de novembro ver as medidas aplicadas no terreno.
"O problema é que num clima normal de alguma ansiedade e de alguma preocupação, as soluções e as medidas têm que ser rápidas. Tem que se agilizar os processos e minimizar o máximo possível as teias burocráticas", sublinhou.
Realçando que "a seca em Cabo Verde pode acontecer em qualquer ano”, Jorge Carlos Fonseca obseevou que o país deve estar preparado para enfrentar as secas sem necessidade de, no próprio momento de seca, se estar à procura dos apoios, a mobilizar os recursos e os parceiros.
“Temos que aprender a viver com isso e ter capacidade de previsibilidade e prevenção", precisou, defendendo, por isso, a criação de um fundo permanente para responder às situações de catástrofe e emergência com a criação de um fundo permanente para responder a essas situações.
O Presidente cabo-verdiano disse ainda que tentou passar às populações uma "palavra de conforto, de esperança e de confiança de que as soluções chegarão a tempo".
O Governo cabo-verdiano já aprovou um plano de emergência para a mitigação dos efeitos da seca e do mau ano agrícola, estimado em cerca de sete milhões de euros.
No entanto, ainda está a mobilizar recursos junto dos parceiros internacionais para implementar as medidas prioritárias como o salvamento do gado, a mobilização de água, o acesso a financiamento e a criação de emprego.
-0- PANA CS/IZ 06nov2017