PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde defende na ONU agenda mundial para luta contra pobreza
Praia, Cabo Verde (PANA) - Cabo Verde defende o estabelecimento de uma agenda mundial para a luta contra a pobreza no planeta, declarou sábado em Nova Iorque (Estados Unidos) o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves.
José Maria Neves fez estes pronunciamentos perante a 68a Assembleia Geral da Organização Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque (Estados Unidos).
Ele lançou um apelo para o estabelecimento de mais e melhores objetivos para o período pós-2015, através de uma estratégia global para gerar o emprego e acelerar o crescimento económico.
José maria Neves apresentou à plenária a chamada Agenda de Transformação de Cabo Verde em curso no país que, segundo ele, apesar das dificuldades ainda existentes, começa a dar resultados com a redução da pobreza de 20,5 porcento, em 2002, para 12 porcento em 2012.
"Pusemos a questão da sustentabilidade económica no centro da agenda de desenvolvimento e tem havido boa governação. Cabo Verde já atingiu quase todos os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) definidos pela ONU e espera que, até 2015, possa completar os que faltam", acrescentou.
No entanto, o primeiro-ministro alertou que o projeto pode sofrer atrasos face à crise internacional.
Ele recordou, a propósito, que Cabo Verde passou, em 2008, de país de rendimento baixo para país de rendimento médio e que o período de transição de cinco anos chega este ano ao fim.
Isto significa, segundo ele, que o arquipélago cabo-verdiano vai ser obrigado a recorrer aos mercados internacionais para se financiar já em condições iguais às dos países desenvolvidos.
"O desafio é manter a consistência e consolidar os ganhos", afirmou José Maria Neves, lembrando os investimentos feitos na educação, na saúde, água e alimentação, e a vontade de mudar o verbo de "redução" para "erradicação" no combate à pobreza.
Contudo, o chefe do executivo cabo-verdiano reconheceu que os instrumentos de apoio "não são suficientes para responder às atuais circunstâncias" de crise económica internacional e que, por essa razão, não poderão garantir o desenvolvimento almejado.
"A menos que, na agenda global, liderada pela ONU, haja uma cooperação e parceria internacionais fortes e intensas aos níveis bilateral e multilateral", defendeu, garantindo que Cabo Verde está na primeira linha do combate aos "temas globais", como as alterações climáticas, a fome, a desnutrição e o ambiente.
Para José Maria Neves, é ainda "urgente" garantir a segurança alimentar no mundo, o que, no seu entender, "exige também um enorme e exigente grau de responsabilidade".
Reafirmou o apelo à necessidade de uma "convergência histórica" para as questões ambientais definidas na reunião do Rio+20.
Ao falar do atual panorama político internacional, o chefe do executivo cabo-verdiano reiterou a posição do seu país face aos conflitos, como o que afeta a Síria neste momento.
Defendeu que Cabo Verde está contra a guerra e contra a beligerância" mas que está a favor da promoção de canais de diálogo e da erradicação das armas químicas e de destruição maciça.
Na sua intervenção, José Maria Neves, que não fez qualquer referência à situação interna na Guiné-Bissau, lamentou e condenou o recente atentado terrorista no Quénia.
-0- PANA CS/DD 29set2013
José Maria Neves fez estes pronunciamentos perante a 68a Assembleia Geral da Organização Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque (Estados Unidos).
Ele lançou um apelo para o estabelecimento de mais e melhores objetivos para o período pós-2015, através de uma estratégia global para gerar o emprego e acelerar o crescimento económico.
José maria Neves apresentou à plenária a chamada Agenda de Transformação de Cabo Verde em curso no país que, segundo ele, apesar das dificuldades ainda existentes, começa a dar resultados com a redução da pobreza de 20,5 porcento, em 2002, para 12 porcento em 2012.
"Pusemos a questão da sustentabilidade económica no centro da agenda de desenvolvimento e tem havido boa governação. Cabo Verde já atingiu quase todos os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) definidos pela ONU e espera que, até 2015, possa completar os que faltam", acrescentou.
No entanto, o primeiro-ministro alertou que o projeto pode sofrer atrasos face à crise internacional.
Ele recordou, a propósito, que Cabo Verde passou, em 2008, de país de rendimento baixo para país de rendimento médio e que o período de transição de cinco anos chega este ano ao fim.
Isto significa, segundo ele, que o arquipélago cabo-verdiano vai ser obrigado a recorrer aos mercados internacionais para se financiar já em condições iguais às dos países desenvolvidos.
"O desafio é manter a consistência e consolidar os ganhos", afirmou José Maria Neves, lembrando os investimentos feitos na educação, na saúde, água e alimentação, e a vontade de mudar o verbo de "redução" para "erradicação" no combate à pobreza.
Contudo, o chefe do executivo cabo-verdiano reconheceu que os instrumentos de apoio "não são suficientes para responder às atuais circunstâncias" de crise económica internacional e que, por essa razão, não poderão garantir o desenvolvimento almejado.
"A menos que, na agenda global, liderada pela ONU, haja uma cooperação e parceria internacionais fortes e intensas aos níveis bilateral e multilateral", defendeu, garantindo que Cabo Verde está na primeira linha do combate aos "temas globais", como as alterações climáticas, a fome, a desnutrição e o ambiente.
Para José Maria Neves, é ainda "urgente" garantir a segurança alimentar no mundo, o que, no seu entender, "exige também um enorme e exigente grau de responsabilidade".
Reafirmou o apelo à necessidade de uma "convergência histórica" para as questões ambientais definidas na reunião do Rio+20.
Ao falar do atual panorama político internacional, o chefe do executivo cabo-verdiano reiterou a posição do seu país face aos conflitos, como o que afeta a Síria neste momento.
Defendeu que Cabo Verde está contra a guerra e contra a beligerância" mas que está a favor da promoção de canais de diálogo e da erradicação das armas químicas e de destruição maciça.
Na sua intervenção, José Maria Neves, que não fez qualquer referência à situação interna na Guiné-Bissau, lamentou e condenou o recente atentado terrorista no Quénia.
-0- PANA CS/DD 29set2013