África Ocidental lança formação em luta contra branqueamento de capital
Banjul, Gâmbia (PANA) - Uma formação para responsáveis bancários na sub-região oeste-africana em luta contra o branqueamento de dinheiro e outros crimes financeiros decorre desde segunda-feira, na capital gambiana, Banjul, soube a PANA esta terça-feira de fonte oficial.
Numa iniciativa do Instituto da África Ocidental para a Gestão Financeira e Económica (WAIFEM, sigla em inglês), a ação formativa visa reforçar as capacidades dos responsáveis dos bancos centrais dos países da África Ocidental anglófona.
Trata-se, designadamente, de representantes dos bancos centrais da Gâmbia, da Serra Leoa, do Gana, da Nigéria e da Libéria.
Participam igualmente no programa de cinco dias responsáveis do Grupo de Ação Intergovernamental contra o Branqueamento de Capitais na África Ocidental (GIABA).
O presidente-executivo do WAIFEM, Paul Mendy, disse que o número de crimes financeiros e económicos aumenta na região e torna-se numa ameaça à integridade do sistema financeiro.
Contudo, disse, um tal reforço das capacidades permitirá armar os chefes das agências envolvidas na luta contra a ameaça do branqueamento de capitais e crimes graves na sub-região.
O segundo vice-governador do Banco Central da Gâmbia, Essa AK Drammeh, enfatizou, por seu turno, que o branqueamento de capitais tem efeitos adversos na saúde e no desenvolvimento do sistema financeiro.
Descreveu como enormes os efeitos negativos do branqueamento de capitais e da criminalidade financeira, acrescentando que este fenómeno provoca distorções no mercado financeiro.
Segundo ele, o branqueamento de dinheiro, também, tem um efeito amortecedor nos investimentos estrangeiros, quando os setores comercial e financeiro de um país são percebidos como associados à incidência da criminalidade organizada.
Ele disse que a maioria dos países africanos experimentaram um declínio significativo do número de relações com os seus correspondentes.
"A decisão de acabar com essas relações é em parte motivada pela crescente perceção do laxismo na paisagem da repressão em matéria de luta contra o branqueamento de dinheiro e o financiamento do terrorismo", afirmou.
O ateliê de formação de Banjul é o terceiro organizado pelo Instituto da África Ocidental para a gestão Financeira e Económica dos bancos da sub-região.
-0- PANA MSS/RA/DIM/IZ 30abril2019