PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Responsável da UA expulso das Maurícias por visitar país afetado por Ébola
Addis Abeba, Etiópia (PANA) – Um responsável da União Africana (UA) apresentou uma queixa contra as ilhas Maurícias por assédio e deportação do seu território, alegadamente por ter visitado alguns dias antes um país afetado pela epidemia do vírus do Ébola
A PANA apurou terça-feira que que, durante uma recente passagem em missão de serviço pela capital maurícia, Port Louis, o alto funcionário do Departamento de Planificação da Comissão da UA, foi submetido à sua chegada a testes do vírus de Ébola porque os seus documentos de viagem indicavam que visitou a Nigéria a 17 de agosto último.
De nacionalidade nigeriana, o perito da Comissão da UA cujo nome não foi revelado, foi deportado juntamente com um alto funcionário do Governo rwandês, identificado como diretor-geral duma empresa estatal de Internet em Kigali (Rwanda), que também antes visitou o Senegal, um dos países da África Ocidental que registaram casos de Ébola.
A Nigéria e o Senegal estão entre os países africanos afetados pelo flagelo do Ébola mas a uma mínima escala em relação aos epicentros da doença, designadamente a Guiné-Conakry, a Libéria e a Serra Leoa.
As autoridades maurícias emitiram uma ordem de deportação contra o cidadão nigeriano, que foi declarado "persona non grata", e instruíram todos os serviços de segurança a controlar de perto os seus movimentos no aeroporto.
O seu passaporte diplomático, o seu livre trânsito bem como o seu passaporte nigeriano foram todos confiscados, antes de ser conduzido ao que chamou de "uma hospedaria suja" onde ficou a aguardar pela sua deportação para a sede da Comissão da UA, em Addis Abeba.
As autoridades maurícias não tiveram em conta os seus resultados negativos relativamente ao vírus de Ébola, bem como para o responsável rwandês.
Num memorando oficial endereçado ao Comissário da UA para as Infraestruturas, Elham Ibrahim, e cuja cópia foi transmitida à PANA, o responsável da UA protesta contra as ilhas Maurícias por terem emitido diretivas severas para a sua perseguição.
Lançou um apelo à Comissão da UA para garantir o acompanhamento, com as ilhas Maurícias, dos seus funcionários protegendo-os do que denominou « um comportamento inaceitável para o pessoal da Comissão da UA ».
Por causa destes protestos, as ilhas Maurícias não disputaram as eliminatórias qualificativas para o Campeonato Africano das Nações (CAN) 2015 depois de ter impedido a equipa nacional da Serra Leoa de entrar no seu território.
O arquipélago do Oceano Índico parece não prestar atenção aos esforços de solidariedade diplomática a favor dos países afetados pela doença do vírus de Ébola.
-0- PANA AO/SEG/MTA/SSB/SOC/MAR/DD 15out2014
A PANA apurou terça-feira que que, durante uma recente passagem em missão de serviço pela capital maurícia, Port Louis, o alto funcionário do Departamento de Planificação da Comissão da UA, foi submetido à sua chegada a testes do vírus de Ébola porque os seus documentos de viagem indicavam que visitou a Nigéria a 17 de agosto último.
De nacionalidade nigeriana, o perito da Comissão da UA cujo nome não foi revelado, foi deportado juntamente com um alto funcionário do Governo rwandês, identificado como diretor-geral duma empresa estatal de Internet em Kigali (Rwanda), que também antes visitou o Senegal, um dos países da África Ocidental que registaram casos de Ébola.
A Nigéria e o Senegal estão entre os países africanos afetados pelo flagelo do Ébola mas a uma mínima escala em relação aos epicentros da doença, designadamente a Guiné-Conakry, a Libéria e a Serra Leoa.
As autoridades maurícias emitiram uma ordem de deportação contra o cidadão nigeriano, que foi declarado "persona non grata", e instruíram todos os serviços de segurança a controlar de perto os seus movimentos no aeroporto.
O seu passaporte diplomático, o seu livre trânsito bem como o seu passaporte nigeriano foram todos confiscados, antes de ser conduzido ao que chamou de "uma hospedaria suja" onde ficou a aguardar pela sua deportação para a sede da Comissão da UA, em Addis Abeba.
As autoridades maurícias não tiveram em conta os seus resultados negativos relativamente ao vírus de Ébola, bem como para o responsável rwandês.
Num memorando oficial endereçado ao Comissário da UA para as Infraestruturas, Elham Ibrahim, e cuja cópia foi transmitida à PANA, o responsável da UA protesta contra as ilhas Maurícias por terem emitido diretivas severas para a sua perseguição.
Lançou um apelo à Comissão da UA para garantir o acompanhamento, com as ilhas Maurícias, dos seus funcionários protegendo-os do que denominou « um comportamento inaceitável para o pessoal da Comissão da UA ».
Por causa destes protestos, as ilhas Maurícias não disputaram as eliminatórias qualificativas para o Campeonato Africano das Nações (CAN) 2015 depois de ter impedido a equipa nacional da Serra Leoa de entrar no seu território.
O arquipélago do Oceano Índico parece não prestar atenção aos esforços de solidariedade diplomática a favor dos países afetados pela doença do vírus de Ébola.
-0- PANA AO/SEG/MTA/SSB/SOC/MAR/DD 15out2014