PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
União Africana convoca reunião de emergência sobre eleições na RDC
Luanda, Angola (PANA) - O chefe de Estado rwandês e presidente em exercício da União Africana (UA), Paul Kagamé, convocou para esta quinta-feira, em Addis Abeba (Etiópia), uma reunião de consultas "de alto nível" sobre a situação na República Democrática do Congo (RDC), na sequência do anúncio dos resultados das eleições gerais de 30 de dezembro.
Devem tomar parte no encontro da capital etíope e sede da organização continental os chefes de Estado e de Governo dos países-membros UA para consultas sobre os últimos desenvolvimentos do período pós-eleitoral na RDC, onde o Tribunal Constitucional iniciou a análise dos recursos apresentados pela oposição contra os resultados provisórios.
Segundo um comunicado da UA, a reunião de alto nível será precedida de um outro encontro de "consultas internas" da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Antes dessas reuniões, a SADC pediu a recontagem dos votos das presidenciais na RDC, na sequência das contestações de alguns dos candidatos e observadores contra os resultados provisórios da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI).
Num comunicado, a SADC diz ter tomado nota das dúvidas levantadas pela Igreja Católica romana, que desdobrou 40 mil observadores eleitorais no país, bem como pela coligação Lamuka e outros observadores sobre os resultados do escrutínio.
Também a Conferência Episcopal Nacional do Congo (CENCO) indicou ter tomado nota da publicação dos resultados provisórios pela CENI, mas que, enquanto missão de observação eleitoral da Igreja Católica, afirma que os resultados em causa "não correspondem aos dados que estão em sua posse".
"Depois de analisar os elementos observados por esta missão, constatamos que os resultados das eleições presidenciais tal como publicados pela CENI não correspondem aos dados recolhidos pela nossa missão de observação, a partir das assembleias de voto e dos centros de apuramento", defendeu o episcopado católico na sua declaração preliminar.
À semelhança da SADC, a recontagem dos votos das presidenciais congolesas foi igualmente solicitada pela Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), num comunicado assinado pelo presidente em exercício da organização, o chefe de Estado congolês, Denis Sassou Nguesso.
O Presidente Sassou Nguesso convida as autoridades da RDC a "prestar mais esclarecimentos sobre todos os elementos de dúvida capazes de desacreditar o processo eleitoral".
Segundo os resultados publicados pela CENI, o candidato Félix-Antoine Tshisekedi Tshilombo venceu o escrutínio com sete milhões, 51 mil e 13 votos (38,57%), à frente de Martin Fayulu Madidi com seis milhões, 366 mil e 732 votos (34,83%) e de Emmanuel Shadary com quatro milhões, 357mil e 359 votos (23,84), a uma taxa de participação de 47,56 porcento.
Martin Fayulu Madidi interpôs recurso no Tribunal Constitucional por discordar também dos resultados da CENI que diz não corresponderem à verdade das urnas.
-0- PANA IZ 16Jan2018
Devem tomar parte no encontro da capital etíope e sede da organização continental os chefes de Estado e de Governo dos países-membros UA para consultas sobre os últimos desenvolvimentos do período pós-eleitoral na RDC, onde o Tribunal Constitucional iniciou a análise dos recursos apresentados pela oposição contra os resultados provisórios.
Segundo um comunicado da UA, a reunião de alto nível será precedida de um outro encontro de "consultas internas" da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Antes dessas reuniões, a SADC pediu a recontagem dos votos das presidenciais na RDC, na sequência das contestações de alguns dos candidatos e observadores contra os resultados provisórios da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI).
Num comunicado, a SADC diz ter tomado nota das dúvidas levantadas pela Igreja Católica romana, que desdobrou 40 mil observadores eleitorais no país, bem como pela coligação Lamuka e outros observadores sobre os resultados do escrutínio.
Também a Conferência Episcopal Nacional do Congo (CENCO) indicou ter tomado nota da publicação dos resultados provisórios pela CENI, mas que, enquanto missão de observação eleitoral da Igreja Católica, afirma que os resultados em causa "não correspondem aos dados que estão em sua posse".
"Depois de analisar os elementos observados por esta missão, constatamos que os resultados das eleições presidenciais tal como publicados pela CENI não correspondem aos dados recolhidos pela nossa missão de observação, a partir das assembleias de voto e dos centros de apuramento", defendeu o episcopado católico na sua declaração preliminar.
À semelhança da SADC, a recontagem dos votos das presidenciais congolesas foi igualmente solicitada pela Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), num comunicado assinado pelo presidente em exercício da organização, o chefe de Estado congolês, Denis Sassou Nguesso.
O Presidente Sassou Nguesso convida as autoridades da RDC a "prestar mais esclarecimentos sobre todos os elementos de dúvida capazes de desacreditar o processo eleitoral".
Segundo os resultados publicados pela CENI, o candidato Félix-Antoine Tshisekedi Tshilombo venceu o escrutínio com sete milhões, 51 mil e 13 votos (38,57%), à frente de Martin Fayulu Madidi com seis milhões, 366 mil e 732 votos (34,83%) e de Emmanuel Shadary com quatro milhões, 357mil e 359 votos (23,84), a uma taxa de participação de 47,56 porcento.
Martin Fayulu Madidi interpôs recurso no Tribunal Constitucional por discordar também dos resultados da CENI que diz não corresponderem à verdade das urnas.
-0- PANA IZ 16Jan2018