Rwanda retoma jugalmento de 25 suspeitos de terrorismo
Kigali, Rwanda (PANA) – O julgamento das 25 pessoas suspeitas de estarem implicadas em crimes terroristas, retomou-se segunda-feira, no Tribunal Militar de Kigali, capital rwandesa, na presença de todos os acusados, incluindo o general aposentado Mudasir Habib, do Exército rwandês.
Os suspeitos, de nacionalidades rwandesa, ugandesa e burundesa, que viveram no Burundi e no Uganda antes de se juntarem ao grupo rebelde do Congresso Nacional Rwandês (RNC), devem responder por várias acusações, incluindo as de pertença a uma organização terrorista, cumplicidade num ato terrorista e formação de uma empresa criminosa.
Os membros do grupo, que é liderado pelo fugitivo Kaymba Nyamwasa, baseado na África do Sul, um outro rebelde do Exército rwandês, foram acusados de participação num grupo militar clandestino, traição, formação de um grupo militar ilegal e cumplicidade com países estrangeiros para desestabilizar o Rwanda.
Eles foram detidos pelo Exército congolês durante operações militares recentes e entregues ao Rwanda.
Durante a audiência preliminar de 3 de outubro corrente, o Ministério Público disse que todos os suspeitos foram ajudados principalmente pelo Uganda e pelo Burundi para se juntar à “P5”, uma coligação formada por organizações políticas rwandesas da oposição
A P5 integra o Congresso do Povo Amohoro (AMAHORO-PC), as Forças Democráticas Unificadas-Inkingi (FDU INKINGI), o Pacto de Defesa do Povo-Imanzi (PD-IMANZI), o Partido Social the-Imberakuri (PS IMBERAKURI) e o Congresso Nacional Rwandês (RNC).
Nyamwasa é um antigo chefe militar do Exército rwandês, condenado a 24 anos de prisão por contumácia, depois de ter sido declarado culpado de várias acusações, incluindo as de terrorismo, negacionismo e crimes contra a humanidade.
A sua presença na África do Sul está no centro da tensão nas relações entre Pretória e Kigali, pois este último deseja vivamente a sua extradição para o Rwanda.
-0- PANA TWA/MA/NFB/TBM/IBA/FK/IZ 15out2019