Oposição sul-africana exige intervenção da SADC em Moçambique
Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) - A oposição oficial da África do Sul, a Aliança Democrática (DA), apelou segunda-feira para um "aumento de tropas" dos países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), na província de Cabo Delgado, em Moçambique, para conter o flagelo da escalada das ações terroristas.
Este apelo segue-se à morte de vários cidadãos sul-africanos por insurgentes, quando procuravam obter a segurança dos transportes para Palma, no fim de semana.
A PANA soube que o Estado Islâmico assumiu oficialmente a responsabilidade pelo ataque, na segunda-feira.
Numa declaração através da sua agência de notícias Amaq, alegou que os seus combatentes assumiram o controlo da cidade, depois de vários dias de confrontos com as forças de segurança.
Também afirmou ter matado pelo menos 55 pessoas, incluindo soldados.
A DA exorta o ministro sul-africano das Relações Internacionais, Naledi Pandor, a abordar o problema dos insurgentes, na província mais ao norte de Moçambique, que cresce desde meados de 2018.
“Os problemas, em Moçambique, têm o potencial para desestabilizar toda a região e não podemos relegá-los para segundo plano ou esperar até que Moçambique seja dilacerado para que o nosso vizinho peça a intervenção da SADC”, declarou Kobus Marais, deputado da DA.
Segundo ele , a África do Sul deve estender à mão ao vizinho necessitado, “e, se o país deve preparar-se para ajudar Moçambique no quadro de um contingente da SADC, agora é a hora de repatriar com urgência os nossos cidadãos presos em Palma”.
Para Marais, um ambiente político seguro e estável é necessário para que o desenvolvimento económico e a criação de empregos atinjam o seu potencial.
“A SADC deve intervir agora para salvar Moçambique e garantir a estabilidade de toda a região”, acrescentou.
-0- PANA CU/AR/MTA/IS/MAR/IZ 29março2021