Católicos do Rwuanda convidados a evitar comunhão na língua devido ao coronavírus
Kigali, Rwanda (PANA) - O arcebispo católico do Rwanda, Antoine Kambanda, convidou os fiéis a cessar certas práticas litúrgicas, incluindo receber a comunhão na língua, devido à pandemia do novo coronavírus.
Para além receber a comunhão na língua, o clérigo mencionou também o aperto de mãos como sinal de paz, de acordo com um comunicado chegado sexta-feira à PANA, em Kigali.
A Igreja Católica fez também saber aos seus membros que receber a Eucaristia por intinção, escolhendo receber a hóstia (pão consagrado) na própria língua, "não é aceitável" para o culto público no contexto da pandemia de Covid-19.
Tradicionalmente, a prática da comunhão na língua ou na mão é uma escolha, mas sob as novas instruções, o rito permite aos fiéis receber a comunhão na mão para evitar a exposição ao coronavírus.
Também a água benta, que muitas vezes é guardada na recipiente baptismal à entrada da igreja para quem quiser mergulhar a mão ou levar alguma para casa, já não estará disponível para todos os cultos da igreja em todas as paróquias.
Em vez de apertar as mãos como sinal de paz, os membros da congregação são convidados a simplesmente acenar para a pessoa sentada ao seu lado, acrescenta o comunicado.
Até agora não foram detetados casos de coronavírus, no Rwanda, mas as autoridades de Kigali, em colaboração com vários parceiros, estão em alerta máximo para assegurar que o coronavírus não afete o Rwanda.
Até agora, o vírus já foi reportado na vizinha República Democrática do Congo (RDC), no Gana, no Gabão, na Côte d'Ivoire, no Togo, na África do Sul, na Nigéria, no Senegal, no Egipto, no Quénia, em Marrocos, na Tunísia e no Burkina Faso.
-0- PANA TWA/MA/NFB/DIM/IZ 13março2020