PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
África chamada a mobilizar recursos suficientes para reduzir mortalidade materna e infantil
Addis Abeba, Etiópia (PANA) – Os países africanos devem mobilizar recursos suficientes a nível local e intensificar os seus esforços para reduzir os níveis atuais de mortalidade materna e infantil no continente.
Esta conclusão foi tirada pelos chefes de Estado e de Governo reunidos em Addis Abeba, na Etiópia, no quadro da XX Cimeira Ordinária da União Africana (UA).
Falando durante uma reunião ao mais alto nível, organizada peo Presidente cessante da UA, o chefe do Estado beninense Boni Yayi, sobre a Campanha para a Redução Acelerada da Mortalidade Materna em África (CARMMA, em inglês), os dirigentes africanos sustentaram que é inaceitável que África seja o continente com a taxa de mortalidade materna mais elevada do mundo.
"As taxas de mortalidade materna e infantil elevadas em África são um fator de atraso e de subdesenvolvimento", disse o Presidente ugandês, Yoweri Museveni.
Nn caso do Uganda, disse o estadista ugandês, o Governo luta contra o problema dos falecimentos maternos aproximando os serviços de saúde das comunidades locais num raio de pelo menos seis quilómetros.
"A sensibilização deverá ser uma outra abordagem", sugeriu Museveni, sublinhando a necessidade de incitar as mulheres grávidas a fazerem consultas pré-natais para que possam parir em boas condições.
Museveniu considerou por outro lado que o desenvolvimento económico deve ser a base da melhoria da qualidade dos serviços de saúde, se aspirarmos a ser economias de rendimento médio.
Atualmente, o risco para uma mulher africana de morrer de complicações devidas à gravidez é de 1 por 39, o que é enorme comparado ao ratio de 1 por 4700 nos países desenvolvidos, segundo as tendências da mortalidade materna recolhidas pelas agências da Organização das Nações Unidas (ONU) entre 1990 e 2010.
Durante este período, a taxa de mortalidade materna em África recuou 41 porcento ao passo que a de mortalidade infantil, relativa às crianças de menos de cinco anos de idade, baixou 33 porcento.
Esta redução da taxa de mortalidade das crianças de menos de cinco anos seria considerável se a dos recém-nascidos não continuasse alta.
"Temos de dar prioridade à saúde da mãe e da criança nos nossos programas de desenvolvimento. Temos de fazer com que as meninas continuem na escola e que elas não casem demasiado cedo", disse a Presidente do Malawi, Joyce Banda.
Ela sublimhou que a CARMMA não deve ser considerada como uma estrutura de queixas mas que "a redução dos falecimentos de mães grávidas em África deve ser a nossa preocupação".
Reconhecendo que a África do Sul era um dos últimos países a terem lançado a estratégia CARMMA, o Presidente sul-africano, Jacob Zuma, disse no entanto que o seu país está doravante pronto para aproveitar todas as ocasiões a fim de realizar objetivos fixados no quadro desta estratégia africana.
"A África do Sul compromete-se a fazer tudo o seu possível para fazer baixar a taxa de mortalidade materna e infantil e tornar melhores as vidas das mulheres e das crianças, tanto no nosso país como no continente", indicou.
"Criamos um painel de avaliação nacional para obsercvar os nossos progressos na implementação da CARMMA e com os parceiros de desenvolvimento, ajudamos as províncias a reforçarem os seus planos para atingir os objet ivos da CARMMA", acrescentou o Presidente Zuma.
As principais aspirações da África do Sul são o reforço da planificação familial para reduzir as grávidas não desejadas, nomeadamente as das adolescentes que constituem 36 porcento dos falecimentos maternos, mesmo se elas apenas representam oito porcento do total das grávidezes.
Zuma revelou que as outras intervenções são a eliminação da transmissão do VIH/Sida da mãe para a criança, o reforço dos serviços da maternidade, a formação dos médicos e das enfermeiras colocados nas unidades de maternidade, a formação das parteiras qualificadas e as medidas de redução da desnutrição.
"Apesar dos progressos realizados na luta contra o VIH/Sida desde 2009, a patologia é responsável por cerca de 40 porcento dos falecimentos das mães e das crianças na África do Sul. Se não agirmos de modo firme contra o VIH, não estaremos mais em condições de reduzir a mortalidade materna e infantil de modo significativo", disse Zuma.
A reunião de alto nível sobre a CARMMA visava favorecer um compromisso político sustentado, um apoio financeiro e uma implementação reforçada das intervenções a favor da saúde da mãe, do recém-nascido e da criança.
-0- PANA AR/VAO/FJG/AAS/CJB/DD 28jan2013
Esta conclusão foi tirada pelos chefes de Estado e de Governo reunidos em Addis Abeba, na Etiópia, no quadro da XX Cimeira Ordinária da União Africana (UA).
Falando durante uma reunião ao mais alto nível, organizada peo Presidente cessante da UA, o chefe do Estado beninense Boni Yayi, sobre a Campanha para a Redução Acelerada da Mortalidade Materna em África (CARMMA, em inglês), os dirigentes africanos sustentaram que é inaceitável que África seja o continente com a taxa de mortalidade materna mais elevada do mundo.
"As taxas de mortalidade materna e infantil elevadas em África são um fator de atraso e de subdesenvolvimento", disse o Presidente ugandês, Yoweri Museveni.
Nn caso do Uganda, disse o estadista ugandês, o Governo luta contra o problema dos falecimentos maternos aproximando os serviços de saúde das comunidades locais num raio de pelo menos seis quilómetros.
"A sensibilização deverá ser uma outra abordagem", sugeriu Museveni, sublinhando a necessidade de incitar as mulheres grávidas a fazerem consultas pré-natais para que possam parir em boas condições.
Museveniu considerou por outro lado que o desenvolvimento económico deve ser a base da melhoria da qualidade dos serviços de saúde, se aspirarmos a ser economias de rendimento médio.
Atualmente, o risco para uma mulher africana de morrer de complicações devidas à gravidez é de 1 por 39, o que é enorme comparado ao ratio de 1 por 4700 nos países desenvolvidos, segundo as tendências da mortalidade materna recolhidas pelas agências da Organização das Nações Unidas (ONU) entre 1990 e 2010.
Durante este período, a taxa de mortalidade materna em África recuou 41 porcento ao passo que a de mortalidade infantil, relativa às crianças de menos de cinco anos de idade, baixou 33 porcento.
Esta redução da taxa de mortalidade das crianças de menos de cinco anos seria considerável se a dos recém-nascidos não continuasse alta.
"Temos de dar prioridade à saúde da mãe e da criança nos nossos programas de desenvolvimento. Temos de fazer com que as meninas continuem na escola e que elas não casem demasiado cedo", disse a Presidente do Malawi, Joyce Banda.
Ela sublimhou que a CARMMA não deve ser considerada como uma estrutura de queixas mas que "a redução dos falecimentos de mães grávidas em África deve ser a nossa preocupação".
Reconhecendo que a África do Sul era um dos últimos países a terem lançado a estratégia CARMMA, o Presidente sul-africano, Jacob Zuma, disse no entanto que o seu país está doravante pronto para aproveitar todas as ocasiões a fim de realizar objetivos fixados no quadro desta estratégia africana.
"A África do Sul compromete-se a fazer tudo o seu possível para fazer baixar a taxa de mortalidade materna e infantil e tornar melhores as vidas das mulheres e das crianças, tanto no nosso país como no continente", indicou.
"Criamos um painel de avaliação nacional para obsercvar os nossos progressos na implementação da CARMMA e com os parceiros de desenvolvimento, ajudamos as províncias a reforçarem os seus planos para atingir os objet ivos da CARMMA", acrescentou o Presidente Zuma.
As principais aspirações da África do Sul são o reforço da planificação familial para reduzir as grávidas não desejadas, nomeadamente as das adolescentes que constituem 36 porcento dos falecimentos maternos, mesmo se elas apenas representam oito porcento do total das grávidezes.
Zuma revelou que as outras intervenções são a eliminação da transmissão do VIH/Sida da mãe para a criança, o reforço dos serviços da maternidade, a formação dos médicos e das enfermeiras colocados nas unidades de maternidade, a formação das parteiras qualificadas e as medidas de redução da desnutrição.
"Apesar dos progressos realizados na luta contra o VIH/Sida desde 2009, a patologia é responsável por cerca de 40 porcento dos falecimentos das mães e das crianças na África do Sul. Se não agirmos de modo firme contra o VIH, não estaremos mais em condições de reduzir a mortalidade materna e infantil de modo significativo", disse Zuma.
A reunião de alto nível sobre a CARMMA visava favorecer um compromisso político sustentado, um apoio financeiro e uma implementação reforçada das intervenções a favor da saúde da mãe, do recém-nascido e da criança.
-0- PANA AR/VAO/FJG/AAS/CJB/DD 28jan2013