Rwanda realça importância de cobertura sanitária de qualidade no mundo
Kigali, Rwanda (PANA) – O Presidente rwandês, Paul Kagame, sublinha a importância de se buscar uma cobertura sanitária de qualidade no mundo.
Intervindo segunda-feira última na 74.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque, no Estados Unidos, Kagamé alertou que os obstáculos à realização destes objetivos persistem no mundo inteiro.
Nesta reunião de alto nível sobre a cobertura sanitária universal (CSU) em Nova Iorque, o Presidente rwandês disse que "cabe a cada um nós tomar a iniciativa e lutar contra estas desigualdades flagrantes, para deixarmos como legado uma cobertura sanitária universal às gerações futuras".
A intervenção de Kagamé segue-se um apelo da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de seus parceiros para a necessidade de se duplicar a cobertura sanitária até 2030 e impedir que quase cinco biliões de pessoas estejam privadas de tratamentos sanitários.
Ao adotar a Declaração Política sobre a Cobertura Sanitária Universal, prosseguiu, os Estados membros da ONU comprometeram-se a progredir para a CSU, investindo em quatro domínios ligados aos tratamentos de saúde primária.
Trata-se nomeadamente de mecanismos que visam garantir que ninguém esteja confrontado com dificuldades financeiras, pagando sozinho custos de tratamentos sanitários e aplicar intervenções sanitárias de forte impacto para lutar contra doenças e proteger a saúde das mulheres e das crianças, de acordo com o estadista rwandês.
Defendeu igualmente que os países devem reforçar os efetivos e as infraestruturas de saúde bem como as capacidades de governação.
Eles tomarão consciência dos seus progressos na Assembleia Geral das Nações Unidas em 2023, considerou.
Comentando estes esforços, o Presidente Kagame citou como exemplo o seguro saúde que foi a base do quadro de ações do Rwanda.
Segundo as últimas estimativas oficiais, mais de 90 por cento da população rwandesa estão agora cobertas por regimes, uma associação de seguros privado e comunitário.
"Nós, (no Rwanda), alargámos as nossas redes de agentes sanitários comunitários de dois, por aldeia, para quatro. Isso se traduz-se num agente para 40 famílias, fazendo com que ninguém seja excluído”, disse.
À margem da cimeira das Nações Unidas em Nova Iorque, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e 11 organizações multilaterais, que fornecem coletivamente um terço da ajuda ao desenvolvimento a favor da saúde, lançam esta terça-feira o seu Plano de Ações Mundial para a Saúde e Bem-Estar de Todos.
O empreendimento levará parceiros a fornecerem um apoio mais racionalizado aos países a fim de contribuir para a execução duma cobertura sanitária universal e a realização dos ODD (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) ligados à saúde.
-0- PANA TWA/MA/NFB/TBM/FK/DD 24set2019