PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Guiné Equatorial admitida como membro pleno da CPLP
Díli, Timor-Leste (PANA) - A Guiné Equatorial foi admitida quarta-feira como membro de pleno direito da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), alargando assim a organização para nove Estados-membros.
A adesão da Guiné Equatorial foi aprovada durante a 10ª cimeira ordinária dos chefes de Estado e de Governo da CPLP realizada em Díli, capital de Timor-Leste, país que passa a assumir a presidência rotativa da organização para os próximos dois anos.
Na ocasião, os líderes da Comunidade renovaram o seu compromisso de continuar a apoiar as autoridades do novo Estado-membro no pleno cumprimento das disposições estatutárias da organização, nomeadamente a adoção e utilização efetiva do português como uma das línguas oficiais e o processo para a abolição da pena de morte.
Ao mesmo tempo, aprovaram igualmente a admissão da Namíbia, da Geórgia, da Turquia e do Japão como membros observadores da CPLP, num ato que eles consideraram "prestigiante" para a organização pela projeção e visibilidade política internacional que estes países poderão oferecer-lhe como parceira global.
Estes três países juntam-se assim ao Senegal e às ilhas Maurícias como Observadores Associados, estatuto criado para acomodar os Estados extracomunitários interessados que prossigam, nos seus programas de governo, objetivos idênticos aos da organização, mesmo sem reunir as condições necessárias para serem membros de pleno direito.
A admissão da Namíbia é, entre outras razões, justificada pelo facto de albergar uma grande comunidade angolana vinculada ao ensino do português, assim como por o país manter “ótimas relações diplomáticas” com os Estados-membros da CPLP.
Por seu turno, o interesse da Turquia e da Geórgia, dois países eurasiáticos, estaria relacionado com o desenvolvimento de novas culturas e a similitude de alguns traços identitários, como a alimentação, sobretudo com Portugal.
Já para o Japão, os responsáveis da CPLP explicam a sua entrada por "razões históricas" e outras também de "ordem gastronómica" relativamente a Portugal, assim como pela enorme comunidade nipónica residente no Brasil.
Segundo os mesmos responsáveis, o Perú e Marrocos são outros países que também manifestaram o interesse pela sua admissão como observadores associados, estando as suas candidaturas "em fase preparatória".
A atração de Perú estaria relacionada com a conveniência de relacionamento com os países africanos e a sua “profunda” ligação com Brasil e Portugal, ao passo que Marrocos teria invocado os seus laços históricos com as lutas independentistas em África e também a sua união gastronómica com Portugal.
Até à entrada da Guiné Equatorial, os oito membros plenos da CPLP eram Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
A Guiné-Bissau, suspensa das atividades da organização desde o golpe de Estado de abril de 2011, foi readmitida durante a cimeira de Díli com fundamento na reposição da normalidade constitucional após a eleição de um novo Presidente e um novo Parlamento.
-0- PANA IZ 23julho2014
A adesão da Guiné Equatorial foi aprovada durante a 10ª cimeira ordinária dos chefes de Estado e de Governo da CPLP realizada em Díli, capital de Timor-Leste, país que passa a assumir a presidência rotativa da organização para os próximos dois anos.
Na ocasião, os líderes da Comunidade renovaram o seu compromisso de continuar a apoiar as autoridades do novo Estado-membro no pleno cumprimento das disposições estatutárias da organização, nomeadamente a adoção e utilização efetiva do português como uma das línguas oficiais e o processo para a abolição da pena de morte.
Ao mesmo tempo, aprovaram igualmente a admissão da Namíbia, da Geórgia, da Turquia e do Japão como membros observadores da CPLP, num ato que eles consideraram "prestigiante" para a organização pela projeção e visibilidade política internacional que estes países poderão oferecer-lhe como parceira global.
Estes três países juntam-se assim ao Senegal e às ilhas Maurícias como Observadores Associados, estatuto criado para acomodar os Estados extracomunitários interessados que prossigam, nos seus programas de governo, objetivos idênticos aos da organização, mesmo sem reunir as condições necessárias para serem membros de pleno direito.
A admissão da Namíbia é, entre outras razões, justificada pelo facto de albergar uma grande comunidade angolana vinculada ao ensino do português, assim como por o país manter “ótimas relações diplomáticas” com os Estados-membros da CPLP.
Por seu turno, o interesse da Turquia e da Geórgia, dois países eurasiáticos, estaria relacionado com o desenvolvimento de novas culturas e a similitude de alguns traços identitários, como a alimentação, sobretudo com Portugal.
Já para o Japão, os responsáveis da CPLP explicam a sua entrada por "razões históricas" e outras também de "ordem gastronómica" relativamente a Portugal, assim como pela enorme comunidade nipónica residente no Brasil.
Segundo os mesmos responsáveis, o Perú e Marrocos são outros países que também manifestaram o interesse pela sua admissão como observadores associados, estando as suas candidaturas "em fase preparatória".
A atração de Perú estaria relacionada com a conveniência de relacionamento com os países africanos e a sua “profunda” ligação com Brasil e Portugal, ao passo que Marrocos teria invocado os seus laços históricos com as lutas independentistas em África e também a sua união gastronómica com Portugal.
Até à entrada da Guiné Equatorial, os oito membros plenos da CPLP eram Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
A Guiné-Bissau, suspensa das atividades da organização desde o golpe de Estado de abril de 2011, foi readmitida durante a cimeira de Díli com fundamento na reposição da normalidade constitucional após a eleição de um novo Presidente e um novo Parlamento.
-0- PANA IZ 23julho2014