PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Criação de empregos, maior desafio em África, segundo CEA
Abidjan, Côte d’Ivoire (PANA) – A criação de empregos continua a ser um dos maiores desafios em África, segundo a edição de 2013 do Relatório Económico sobre África lançado segunda-feira à noite em Abidjan pela União Africana (UA) e pela Comissão Económica das Nações Unidas para África (CEA).
Publicado sob o lema « Tirar o Maior Proveito dos Produtos Básicos Africanos : a Industrialização ao Serviço do Crescimento, do Emprego e da Transformação Económica », o relatório indica que a criação de empregos continua a ser um desafio maior, porque o recente crescimento de África, a partir dos produtos básicos, tem uma fraca capacidade de criar empregos.
O continente continua a registar uma taxa de desemprego elevada, particularmente dos jovens e das mulheres, e existem poucas oportunidades para absorver os novos candidatos ao mercado do trabalho, segundo o relatório.
Mais de 70 porcento dos Africanos ganham a sua vida através de empregos precários, porquanto as economias continuam a depender fortemente da produção e da exportação de produtos primários, enquanto os investimentos continuam concentrados em indústrias extrativas de forte intensidade de capital, com poucos laços a montante e a jusante com o resto da economia, sublinha o estudo.
A maior parte dos jovens em África está ainda na escola, mas as oportunidades de empregos decentes são poucas perante os que estão no mercado do emprego, nomeadamente nos países pobres, ao passo que, nos países de fraco rendimento, apenas 17 porcento dos jovens que trabalham têm um emprego assalariado em tempo integral contra 39 porcento nos países de rendimento intermédio inferior e 52 porcento nos países de rendimento intermédio superior.
« As questões de emprego dos jovens diferem de um país a outro, incidindo mais sobre a qualidade nos países de fraco rendimento, onde o desemprego, os empregos em tempo parcial e o emprego independente são elevados, e mais sobre a quantidade nos países de rendimento intermédio, que têm uma taxa de desemprego mais elevada », revela a CEA no seu relatório.
« As razões que explicam a lentidão do crescimento dos empregos são multidimensionais, designadamente a procura insuficiente crónica de mão-de-obra; a inadequação entre a formação e as qualificações procuradas pelos empregadores; a fonte de crescimento essencialmente nas indústrias de forte intensidade de mão-de-obra e a ausência de laços a montante e a jusante entre estes setores produtivos e os demais.
A população jovem de África fornece uma potencialidade para o continente recolher dividendos, o que só poderá realizar-se se o continente estiver em condições de criar empregos decentes a um ritmo rápido, sublinha o documento.
-0- PANA IT/TBM/IBA/FK/IZ 26março2013
Publicado sob o lema « Tirar o Maior Proveito dos Produtos Básicos Africanos : a Industrialização ao Serviço do Crescimento, do Emprego e da Transformação Económica », o relatório indica que a criação de empregos continua a ser um desafio maior, porque o recente crescimento de África, a partir dos produtos básicos, tem uma fraca capacidade de criar empregos.
O continente continua a registar uma taxa de desemprego elevada, particularmente dos jovens e das mulheres, e existem poucas oportunidades para absorver os novos candidatos ao mercado do trabalho, segundo o relatório.
Mais de 70 porcento dos Africanos ganham a sua vida através de empregos precários, porquanto as economias continuam a depender fortemente da produção e da exportação de produtos primários, enquanto os investimentos continuam concentrados em indústrias extrativas de forte intensidade de capital, com poucos laços a montante e a jusante com o resto da economia, sublinha o estudo.
A maior parte dos jovens em África está ainda na escola, mas as oportunidades de empregos decentes são poucas perante os que estão no mercado do emprego, nomeadamente nos países pobres, ao passo que, nos países de fraco rendimento, apenas 17 porcento dos jovens que trabalham têm um emprego assalariado em tempo integral contra 39 porcento nos países de rendimento intermédio inferior e 52 porcento nos países de rendimento intermédio superior.
« As questões de emprego dos jovens diferem de um país a outro, incidindo mais sobre a qualidade nos países de fraco rendimento, onde o desemprego, os empregos em tempo parcial e o emprego independente são elevados, e mais sobre a quantidade nos países de rendimento intermédio, que têm uma taxa de desemprego mais elevada », revela a CEA no seu relatório.
« As razões que explicam a lentidão do crescimento dos empregos são multidimensionais, designadamente a procura insuficiente crónica de mão-de-obra; a inadequação entre a formação e as qualificações procuradas pelos empregadores; a fonte de crescimento essencialmente nas indústrias de forte intensidade de mão-de-obra e a ausência de laços a montante e a jusante entre estes setores produtivos e os demais.
A população jovem de África fornece uma potencialidade para o continente recolher dividendos, o que só poderá realizar-se se o continente estiver em condições de criar empregos decentes a um ritmo rápido, sublinha o documento.
-0- PANA IT/TBM/IBA/FK/IZ 26março2013