PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ONU defende aumento do financiamento do combate ao HIV/Sida em
África Kampala- Uganda (PANA) -- Os responsáveis de organismos das Nações Unidas encarregues da luta contra o HIV/Sida esperam dos dirigentes africanos, atualmente reunidos na cimeira em à Kampala, no Uganda, um apelo para o aumento do financiamento do combate a este flágelo no continente africano.
"Esperamos pelo menos uma declaração de dois parágrafos relativos ao reforço dos fundos para o Fundo Mundial de Luta contra o HIV/SIDA, o paludismo e a tuberculose", declarou o diretor executivo da referida estrutura, Michel Kazatchkine.
O patrão do Fundo Mundial e o responsável pelo Programa Comum das Nações Unidas sobre o HIV/SIDA (ONUSIDA), Michel Sidibé, manifestaram as suas preocupações face à redução do financiamento, à margem da cimeira da UA, centrado na prevenção dos falecimentos materno-juvenís.
"É a primeira vez que assistimos a uma baixa de financiamento relativamente ao HIV/Sida.
O défice é enorme, de 26 biliões para 16 biliões de dólares americanos mobilizados este ano.
Precisamos anualmente de 10 biliões de dólares suplementares para financiar os cuidados médicos", indicou Sidibé à imprensa.
Os dois oficiais advertiram que qualquer fracasso para inverter a tendência de financiamento para o HIV/Sida poderá ter consequências desastrosas, nomeadamente para os países africanos que fizeram progressos nesta luta.
"Isto poderá mudar.
Passamos da crise financeira para entrarmos num período de pós-austeridade.
A União Europeia enfrenta dificuldades orçamentais, mas se os doadores de fundos resolverem estes problemas, regressarão", observou Sidibé.
Jeffrey Sachs, eminente perito do desenvolvimento sustentável e conselheiro do patrão das Nações Unidas sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), ressaltou nomeadamente a falta de entusiasmo e de vontade por parte dos Estados Unidos para lutar contra o HIV/Sida.
"Doi-me ver que eles não possam aumentar o seu financiamento contra o HIV/SIDA através do Fundo Mundial enquanto banqueiros ganham bónus não tributáveis de 30 biliões de dólares", lamentou.
"É ainda mais duro quando gastam 100 biliões de dólares para financiar a guerra no Afeganistão e quando dizem que não têm dinheiro para financiar a luta contra o HIV/Sida", acrescentou Sachs.
A patrão da ONUSIDA ressalta, por sua vez, que a baixa do financiamento do HIV/Sida é um risco, para África, de ver o número das suas infeções aumentar.
"Esperamos pelo menos uma declaração de dois parágrafos relativos ao reforço dos fundos para o Fundo Mundial de Luta contra o HIV/SIDA, o paludismo e a tuberculose", declarou o diretor executivo da referida estrutura, Michel Kazatchkine.
O patrão do Fundo Mundial e o responsável pelo Programa Comum das Nações Unidas sobre o HIV/SIDA (ONUSIDA), Michel Sidibé, manifestaram as suas preocupações face à redução do financiamento, à margem da cimeira da UA, centrado na prevenção dos falecimentos materno-juvenís.
"É a primeira vez que assistimos a uma baixa de financiamento relativamente ao HIV/Sida.
O défice é enorme, de 26 biliões para 16 biliões de dólares americanos mobilizados este ano.
Precisamos anualmente de 10 biliões de dólares suplementares para financiar os cuidados médicos", indicou Sidibé à imprensa.
Os dois oficiais advertiram que qualquer fracasso para inverter a tendência de financiamento para o HIV/Sida poderá ter consequências desastrosas, nomeadamente para os países africanos que fizeram progressos nesta luta.
"Isto poderá mudar.
Passamos da crise financeira para entrarmos num período de pós-austeridade.
A União Europeia enfrenta dificuldades orçamentais, mas se os doadores de fundos resolverem estes problemas, regressarão", observou Sidibé.
Jeffrey Sachs, eminente perito do desenvolvimento sustentável e conselheiro do patrão das Nações Unidas sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), ressaltou nomeadamente a falta de entusiasmo e de vontade por parte dos Estados Unidos para lutar contra o HIV/Sida.
"Doi-me ver que eles não possam aumentar o seu financiamento contra o HIV/SIDA através do Fundo Mundial enquanto banqueiros ganham bónus não tributáveis de 30 biliões de dólares", lamentou.
"É ainda mais duro quando gastam 100 biliões de dólares para financiar a guerra no Afeganistão e quando dizem que não têm dinheiro para financiar a luta contra o HIV/Sida", acrescentou Sachs.
A patrão da ONUSIDA ressalta, por sua vez, que a baixa do financiamento do HIV/Sida é um risco, para África, de ver o número das suas infeções aumentar.