PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Kadafi pede Plano Marshall para África
Áquila- Itália (PANA) -- O guia líbio e presidente em exercício da União Africana (UA), Muamar Kadafi, destacou em Áquila, na Itália, durante a Cimeira do G-8 as necessidades de África em termos de investimento externo para lhe permitir explorar os seus enormes recursos.
Kadafi, que discursava sexta-feira na cimeira dos oitos países mais industrializados do mundo durante uma sessão dedidada à discussão dos problemas do continente africano, precisou que as boas intenções e as promessas de ajuda à África feitas nas reuniões precedentes do G-8 carecem de implementação.
"Temos projectos que precisam de investimentos e que poderão satisfazer as necessidades do continente, como a barragem de Inga no Congo, o Lago Tchad e o Delta do Nilo", sublinhou o líder líbio aos países do G-8 que pretendem ajudar África, defendendo igualmente a necessidade de programas de financiamento como o Plano Marshall americano a favor da Europa.
O guia líbio apelou aos que querem ajudar o continente africano a fazê-lo sem impor condições, como por exemplo o modelo político ocidental imposto a África.
"África, com as suas estruturas sociais, possui um sistema social natural que os países ocidentais, depois de décadas de colonização e escravatura, não conseguem perceber", precisou o presidente da UA, afirmando que a democracia é o poder exercido pelo povo como no caso da "democracia popular directa" líbia onde cada homem ou mulher exerce o poder.
Kadafi recomendou que países pobres como o Malawi, o Burkina Faso, a Guiné-Bissau, o Tchad, o Níger, o Burundi e Djibuti devem ser igualmente convidados para as próximas reuniões do G-8, ao invés de as limitar à participação dos países ricos, produtores de petróleo, de gás e industriais.
O presidente da UA, que fez eco da voz única de África, passou em revista as decisões mais importantes tomadas pela Cimeira de Sirtes 2009, nomeadamente a transformação da Comissão da UA em Autoridade da União dotada dum coordenador da política estrangeira africana, para que a partir de agora qualquer discussão com África passe por um único canal.
Falou também do Conselho de Defesa que, no seio da Autoridade da União, será presidido por um coordenador capaz de discutir com os comandos militares dos outros espaços.
Adiantou que a Autoridade federal integra igualmente um coordenador para o Comércio Externo, estrutura muito importante para África porque ela vai permitir-lhe exprimir-se com uma única voz com o resto dos blocos e países ocidentais e negociair com a Organização Mundial do Comércio, bem como com outras instituições internacionais, enquanto as ajudas para África serão feitas através deste canal.
O presidente da UA reiterou ainda o direito de África a um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas com todos os privilégios que ele requer, para preservar o equilíbrio internacional e a paz mundial.
O líder líbio pediu aos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU presentes na reunião para não colocar obstáculos a esta proposta quando ela for evocada diante da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Kadafi, que discursava sexta-feira na cimeira dos oitos países mais industrializados do mundo durante uma sessão dedidada à discussão dos problemas do continente africano, precisou que as boas intenções e as promessas de ajuda à África feitas nas reuniões precedentes do G-8 carecem de implementação.
"Temos projectos que precisam de investimentos e que poderão satisfazer as necessidades do continente, como a barragem de Inga no Congo, o Lago Tchad e o Delta do Nilo", sublinhou o líder líbio aos países do G-8 que pretendem ajudar África, defendendo igualmente a necessidade de programas de financiamento como o Plano Marshall americano a favor da Europa.
O guia líbio apelou aos que querem ajudar o continente africano a fazê-lo sem impor condições, como por exemplo o modelo político ocidental imposto a África.
"África, com as suas estruturas sociais, possui um sistema social natural que os países ocidentais, depois de décadas de colonização e escravatura, não conseguem perceber", precisou o presidente da UA, afirmando que a democracia é o poder exercido pelo povo como no caso da "democracia popular directa" líbia onde cada homem ou mulher exerce o poder.
Kadafi recomendou que países pobres como o Malawi, o Burkina Faso, a Guiné-Bissau, o Tchad, o Níger, o Burundi e Djibuti devem ser igualmente convidados para as próximas reuniões do G-8, ao invés de as limitar à participação dos países ricos, produtores de petróleo, de gás e industriais.
O presidente da UA, que fez eco da voz única de África, passou em revista as decisões mais importantes tomadas pela Cimeira de Sirtes 2009, nomeadamente a transformação da Comissão da UA em Autoridade da União dotada dum coordenador da política estrangeira africana, para que a partir de agora qualquer discussão com África passe por um único canal.
Falou também do Conselho de Defesa que, no seio da Autoridade da União, será presidido por um coordenador capaz de discutir com os comandos militares dos outros espaços.
Adiantou que a Autoridade federal integra igualmente um coordenador para o Comércio Externo, estrutura muito importante para África porque ela vai permitir-lhe exprimir-se com uma única voz com o resto dos blocos e países ocidentais e negociair com a Organização Mundial do Comércio, bem como com outras instituições internacionais, enquanto as ajudas para África serão feitas através deste canal.
O presidente da UA reiterou ainda o direito de África a um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas com todos os privilégios que ele requer, para preservar o equilíbrio internacional e a paz mundial.
O líder líbio pediu aos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU presentes na reunião para não colocar obstáculos a esta proposta quando ela for evocada diante da Assembleia Geral das Nações Unidas.