PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Bélgica inicia julgamento de cidadão ruandês acusado de genocídio
Bruxelas- Bélgica (PANA) -- O julgamento de Ephrem Nkezabera, ex-director do Banco Comercial do Ruanda acusado de crime de genocídio, iniciou-se segunda-feira no Tribunal de Inquérito Judicial de Bruxelas, na ausência do réu que estaria a padecer dum cancro generalizado em fase terminal, soube-se de fonte judicial.
O Tribunal deve porém decidir se deve prosseguir o julgamento na ausência do acusado ou adiá-lo para uma data ulterior.
Os advogados do réu afirmaram que não podiam representar o seu cliente na sua ausência, dada a gravidade do crime de genocídio de que é acusado.
Mas os das partes civis defendem que o julgamento deve ter lugar, e anular-se as queixas em caso da morte do acusado.
Segundo os seus advogados, Ephrem Nkezabera deseja estar presente no seu julgamento, mas a doença impede-o.
O ex-presidente do Banco Comercial do Ruanda é acusado de ter financiado as milícias Interhamwe que cometeram massacres à grande escala, durante o genocídio de 1994.
Depois de deixar o Ruanda após o genocídio, Ephrem Nkezabera residia na Bélgica no domicílio de seu filho onde foi detido em 2004.
Os médicos que o auscultaram afirmam que o acusado sofreria não apenas física, mas também mentalmente, o que autoriza dúvidas sobre as suas capacidades de se lembrar de factos que datem de mais de 15 anos.
A audiência iniciou-se na presença de centenas de Ruandeses cuja comunidade cresceu consideravelmente na Bélgica, desde que este país começou a conceder o estatuto de refugiado político aos sobreviventes do genocídio.
O julgamento é organizado com base na lei da competência universal, em virtude da qual os Tribunais belgas podem julgar na Bélgica estrangeiros por crimes contra a humanidade cometidos no estrangeiro.
O Tribunal deve porém decidir se deve prosseguir o julgamento na ausência do acusado ou adiá-lo para uma data ulterior.
Os advogados do réu afirmaram que não podiam representar o seu cliente na sua ausência, dada a gravidade do crime de genocídio de que é acusado.
Mas os das partes civis defendem que o julgamento deve ter lugar, e anular-se as queixas em caso da morte do acusado.
Segundo os seus advogados, Ephrem Nkezabera deseja estar presente no seu julgamento, mas a doença impede-o.
O ex-presidente do Banco Comercial do Ruanda é acusado de ter financiado as milícias Interhamwe que cometeram massacres à grande escala, durante o genocídio de 1994.
Depois de deixar o Ruanda após o genocídio, Ephrem Nkezabera residia na Bélgica no domicílio de seu filho onde foi detido em 2004.
Os médicos que o auscultaram afirmam que o acusado sofreria não apenas física, mas também mentalmente, o que autoriza dúvidas sobre as suas capacidades de se lembrar de factos que datem de mais de 15 anos.
A audiência iniciou-se na presença de centenas de Ruandeses cuja comunidade cresceu consideravelmente na Bélgica, desde que este país começou a conceder o estatuto de refugiado político aos sobreviventes do genocídio.
O julgamento é organizado com base na lei da competência universal, em virtude da qual os Tribunais belgas podem julgar na Bélgica estrangeiros por crimes contra a humanidade cometidos no estrangeiro.