África precisa de $ 30 mil milhões para ter água resiliente ao clima, diz comissária
Nairobi, Quénia (PANA) - O Programa de Investimento em África tem como objetivo adquirir 30.000.000.000 dólares americanos até 2030 para uma segurança da água resiliente às alterações climáticas no continente, soube a PANA de fonte oficial.
A informação foi dada esta sexta-feira em Nairobi, pela comissária da União Africana para a Agricultura, Desenvolvimento Rural, Economia Azul e Ambiente Sustentável, Josefa Correia Sacko, quando intervinha na 35.ª reunião do Secretariado da Conferência Ministerial Africana sobre o Ambiente.
Garantiu nessa ocasião que, além disso, no âmbito do apoio aos Estados-membros da UA, no domínio do clima, a Comissão da UA (CUA) tomou a iniciativa de desenvolver um programa de preparação para um fundo verde para o clima.
“Foram aprovados recentemente 6.000.000 dólares americanos em recursos de subvenção do seu programa de preparação para desenvolver projetos de investimento na água feitos para 15 Estados-membros”, assegurou .
Fez saber que, em conformidade com a “visão Africana da Água 2025”, o programa de investimento na água em África e a Agenda 2063, a Comissão, em colaboração com outros organismos, liderou o desenvolvimento do programa com vista a colmatar o défice de investimento neste setor.
Ainda no âmbito das preocupações das alterações climáticas está em curso um programa africano de ar limpo à escala continental, coordenado por fortes iniciativas nacionais, transmitidas em cascata às comunidades económicas regionais e a níveis políticos mais elevados.
O estudo propôs um conjunto de 37 medidas para reduzir as emissões que causam a poluição atmosférica e as alterações climáticas, agrupadas em cinco áreas de intervenção relacionadas com os transportes, a utilização de energia residencial, a produção de energia, a indústria e a agricultura, bem como a gestão de resíduos.
“A luta contra as três crises planetárias de perda de biodiversidade, alterações climáticas e poluição requer um compromisso e uma ação sustentada de todas as partes interessadas”, sublinhou a diplomata angolana ao serviço pan-africano.
O Centro de Inovação, considerado como uma parte fundamental da agenda da resiliência contra o clima, está dedicado aos inovadores africanos, em particular mulheres e jovens de todo o continente, para mostrar as suas soluções climáticas e ideias de projetos que “mudam o jogo” e que apoiam a realização de uma "África sustentável e resiliente ao clima."
O evento de dois dias, organizado pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA), sob o lema "A circularidade como solução para combater as alterações climáticas, a perda de biodiversidade e a poluição", tem por objetivo sensibilizar e debater as próximas etapas da circularidade como solução para a tripla crise planetária.
-0- PANA JF/DD 01mar2024