União Africana considera economia azul "pedra angular" do desenvolvimento sustentável
Addis Abeba, Etiópia (PANA) - A economia azul de África, que engloba os recursos marinhos e de água doce, é uma “pedra angular” do desenvolvimento sustentável do continente, declarou esta terça-feira a comissária da União Africana, Josefa Correia Sacko.
A diplomata angolana, encarregue da Agricultura, Desenvolvimento Rural, Economia Azul e Ambiente sustentável da União Africana fez esta declaração quando falava na “semana africana da economia azul” e na celebração do “dia africano dos mares e oceanos.”
Assegurou nessa ocasião que este setor promete um crescimento económico, a criação de emprego e a redução da pobreza, salvaguardando simultaneamente a biodiversidade e os ecossistemas aquáticos.
“À medida que navegamos nas complexidades do século XXI, é imperativo que aproveitemos estes recursos de forma responsável e equitativa, garantindo que contribuem para a prosperidade e o bem-estar de todos os africanos”, frisou.
Disse que há muito que a UA reconhece “o papel fundamental da economia azul na concretização dos objetivos de desenvolvimento.”
Nesta visão, reforçou que a estratégia marítima integrada de África 2050 da UA e a estratégia de economia azul para África traçam visões claras para uma economia azul próspera que apoie a diversificação económica e a sustentabilidade ambiental.
No entanto, frisou, o caminho para uma economia azul robusta não está isento de desafios, incluindo alterações climáticas, a poluição, a sobrepesca e práticas não sustentáveis que representam ameaças significativas para os ambientes marinhos.
Josefa Sacko garantiu que, para se enfrentar estes desafios, é necessário adotarem-se abordagens inovadoras e reforçarem-se esforços coletivos, o reforço da cooperação regional, o investimento em ciências e tecnologias marinhas e o fomento de parcerias público-privadas que promovam práticas sustentáveis e a gestão de recursos.
Desta feita, segundo a diplomata, a UA está empenhada em apoiar iniciativas educativas e programas de reforço de capacidades que equiparão os cidadãos com as competências e a compreensão necessárias para protegerem e utilizarem de forma sustentável as massas de água doce, mares e oceanos através dos seus “centros de excelência” em pescas e aquacultura.
Durante o evento, que se estende até dia 25 de Julho, especialista vão debruçar-se sobre o futuro, refletindo sobre uma década de mares e oceanos africanos (2015-2025), bem como sobre a promoção de parcerias para uma economia azul sustentável.
Também estará na agenda o financiamento das iniciativas da economia azu, nomeadamente oportunidades e desafios, exploração do potencial das cadeias de valor regionais no contexto da Zona de Comércio Livre Continental Africano (ZCLCA ), como meio de transformação da economia azul para as ilhas africanas e os países costeiros, e de capacitação dos jovens para a liderança e inovação deste setor, soube a PANA de fonte oficial.
-0- PANA JF/DD 23julho2024