PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Medidas urgentes preconizadas para salvar milhões de mulheres em África
Kampala- Uganda (PANA) -- Os militantes da sociedade civil que participam na Cimeira da União Africana (UA) em Kampala, no Uganda, pediram um investimento de 32 biliões de dólares americanos para ajudar no melhoramento da situação da da mulher africana.
Estes militantes que falavam à margem da Cimeira da União Africana (UA), disseram que, nos próximos cinco anos, 11 milhões de mulheres e crianças em África poderão ser salvas se todas as intervenções visando salvar vidas forem efetivas.
O grupo, que integra a Parceira para a Saúde da mãe, do recém-nascido e da criança, que faz campanha para a realização dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), busca novos investimentos para acabar com os falecimentos das mulheres e crianças, um dos principais assuntos sobre os quais os dirigentes africanos discutiram.
Um relatório intirulado "Relatório da década: Contagem decrescente até 2015", a rede da campanha integrada por agências das Nações Unidas e instituições de pesquisa independentes envolvidas na luta contra as mortes maternas, apresenta várias estratégias necessárias para se pôr termo a estes dramas.
Preconizaram igualmente intervenções na área da saúde pré-natal, dos cuidados de emergência no momento do parto, dos cuidados pós-natais, do tratamento das doenças infantis e da vacinação, entre outros.
Estes investimentos, explicaram, vão custar 32 biliões de dólares americanos suplementares, ou seja cerca de 8 dólares por pessoa e por ano, nos próximos cinco anos, o que, a seu ver, vai permitir uma cobertura de 95 porcento da população.
Esta realização vai permitir à maioria dos países africanos atingir praticamente os ODM 4 e 5, que preconizam respectivamente a redução para dois terços do número dos falecimentos entre as crianças com menos de cinco anos de idade e reduzir as mortes maternas para três quartos até 2015.
A África, com 11 porcento da população mundial, representa mais da metade dos falecimentos das mães e crianças, 85 porcento dos casos de paludismo e 72 porcento dos falecimentos ligados ao HIV/Sida.
O continente africano, a região onde a esperança de vida é mais fraca e onde se regista a progressão desenfreada das doenças transmissíveis, está confrontado com um flágelo crescente de doenças não-transmissíveis, como o diabete, o câncro e doenças cardíacas.
A "contagem decrescente até 2015", um movimento mundial científico e de defesa, acompanha os progressos da saúde materna e infantil em 68 países onde o peso das doenças é muito elevado e onde surgem mais de 95 porcento de todos os falecimentos de mães e crianças.
No seu relatório sobre o ano 2010, a Contagem Decrescente, indica que 49 dos 68 países mais afetados não poderão realizar o ODM 4 sobre a saúde da criança.
Trinta nove dos 49 países que não poderão realizar o ODM 4 encontram-se na África Subsariana e os seus progressos não são suficientes para realizar o ODM 5 (melhorar a saúde materna), igualmente na África subsariana.
"Os ministros africanos da Saúde precisam de instrumentos para lhes permitir pedir mais investimentos", disse Modou Diagne Fada, o ministro senegalês da Saúde.
"No entanto, disse, é preciso mais dinheiro e um melhor uso deste para melhorar a saúde das nossas populações, nomeadamente a das mulheres e das crianças".
A importância dada à saúde das mulheres e das crianças pelos dirigentes africanos vai para além de África.
A penas cinco anos dos prazos fixados para a realização dos ODM, o Secretário- Geral da Oorganização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, anunciou, em Abril último, a elaboração dum plano de ação conjunto para intensificar o esforço mundial de melhoramento da saúde da mulher e da criança.
Este plano de ação será lançado durante a cimeira de revisão dos ODM em Setembro próximo.
A secretária-geral adjunta da ONU, Asha-Rose Migiro, declarou durante a Cimeira da UA, em Kampala, que o plano de ação conjunto depende da colaboração e das contribuições máximas de todas as partes envolvidas e propôs a aplicação do princípio da responsabilidade para verificar o respeito pelos compromissos assumidos.
"Os dirigentes africanos reconheceram que a saúde das mulheres e das criianças é essencial para a saúde dum país e que o investimento neste domínio se justifica plenamente no plano económico.
o tema da Cimeira da UA deste ano reconhece igualmente que a saúde e o desenvolvimento são inextricavelmente ligados", disse.
Estes militantes que falavam à margem da Cimeira da União Africana (UA), disseram que, nos próximos cinco anos, 11 milhões de mulheres e crianças em África poderão ser salvas se todas as intervenções visando salvar vidas forem efetivas.
O grupo, que integra a Parceira para a Saúde da mãe, do recém-nascido e da criança, que faz campanha para a realização dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), busca novos investimentos para acabar com os falecimentos das mulheres e crianças, um dos principais assuntos sobre os quais os dirigentes africanos discutiram.
Um relatório intirulado "Relatório da década: Contagem decrescente até 2015", a rede da campanha integrada por agências das Nações Unidas e instituições de pesquisa independentes envolvidas na luta contra as mortes maternas, apresenta várias estratégias necessárias para se pôr termo a estes dramas.
Preconizaram igualmente intervenções na área da saúde pré-natal, dos cuidados de emergência no momento do parto, dos cuidados pós-natais, do tratamento das doenças infantis e da vacinação, entre outros.
Estes investimentos, explicaram, vão custar 32 biliões de dólares americanos suplementares, ou seja cerca de 8 dólares por pessoa e por ano, nos próximos cinco anos, o que, a seu ver, vai permitir uma cobertura de 95 porcento da população.
Esta realização vai permitir à maioria dos países africanos atingir praticamente os ODM 4 e 5, que preconizam respectivamente a redução para dois terços do número dos falecimentos entre as crianças com menos de cinco anos de idade e reduzir as mortes maternas para três quartos até 2015.
A África, com 11 porcento da população mundial, representa mais da metade dos falecimentos das mães e crianças, 85 porcento dos casos de paludismo e 72 porcento dos falecimentos ligados ao HIV/Sida.
O continente africano, a região onde a esperança de vida é mais fraca e onde se regista a progressão desenfreada das doenças transmissíveis, está confrontado com um flágelo crescente de doenças não-transmissíveis, como o diabete, o câncro e doenças cardíacas.
A "contagem decrescente até 2015", um movimento mundial científico e de defesa, acompanha os progressos da saúde materna e infantil em 68 países onde o peso das doenças é muito elevado e onde surgem mais de 95 porcento de todos os falecimentos de mães e crianças.
No seu relatório sobre o ano 2010, a Contagem Decrescente, indica que 49 dos 68 países mais afetados não poderão realizar o ODM 4 sobre a saúde da criança.
Trinta nove dos 49 países que não poderão realizar o ODM 4 encontram-se na África Subsariana e os seus progressos não são suficientes para realizar o ODM 5 (melhorar a saúde materna), igualmente na África subsariana.
"Os ministros africanos da Saúde precisam de instrumentos para lhes permitir pedir mais investimentos", disse Modou Diagne Fada, o ministro senegalês da Saúde.
"No entanto, disse, é preciso mais dinheiro e um melhor uso deste para melhorar a saúde das nossas populações, nomeadamente a das mulheres e das crianças".
A importância dada à saúde das mulheres e das crianças pelos dirigentes africanos vai para além de África.
A penas cinco anos dos prazos fixados para a realização dos ODM, o Secretário- Geral da Oorganização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, anunciou, em Abril último, a elaboração dum plano de ação conjunto para intensificar o esforço mundial de melhoramento da saúde da mulher e da criança.
Este plano de ação será lançado durante a cimeira de revisão dos ODM em Setembro próximo.
A secretária-geral adjunta da ONU, Asha-Rose Migiro, declarou durante a Cimeira da UA, em Kampala, que o plano de ação conjunto depende da colaboração e das contribuições máximas de todas as partes envolvidas e propôs a aplicação do princípio da responsabilidade para verificar o respeito pelos compromissos assumidos.
"Os dirigentes africanos reconheceram que a saúde das mulheres e das criianças é essencial para a saúde dum país e que o investimento neste domínio se justifica plenamente no plano económico.
o tema da Cimeira da UA deste ano reconhece igualmente que a saúde e o desenvolvimento são inextricavelmente ligados", disse.