Investimento líbio gera fábrica de água mineral em São Tomé e Príncipe
São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - Uma fábrica de produção de água mineral rotulada "Bom Sucesso", com capacidade de 12 mil litros diários, entra em funcionamento em julho, na roça Monte Café, em São Tomé e Príncipe, num investimento líbio iniciado em 2009.
A fonte de captação da água de uma nascente no interior da Roça Bom Sucesso dista 4.800 metros da fábrica, localizada nas imediações da roça Monte Café, explicou Américo Ceita, supervisor da nova unidade fabril.
Segundo ainda Américo Ceita, a fábrica irá produzir na fase inicial três a quatro mil litros de água por dia.
“Felizmente, é uma boa água. Podemos usar tanto natural, já fizemos vários testes pode-se consumir sem qualquer tipo de problema. Ela está em boas condições. Se tivermos algum problema, temos o aparelho de ozono para testar", enfatizou.
A sua entrada em funcionamento está projetada para julho próximo com a reabertura do espaço aéreo.
O técnico que havia viajado para aquisição dos equipamentos para calibragem das máquinas ficou retido, na Turquia, devido à pandemia do novo coronavírus, indicou Américo Ceita, em declarações à impressa.
O primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus, mostrou-se surpreendido com o nível de execução, e afirmou que "estamos a falar de um projeto que apelido de cabelos brancos.”
Recordou que a sua implementação remonta a 2009, altura em que assumiu as funções de ministro da Educação e Cultura no então Governo liderado por Rafael Branco.
Disse que com a entrada em funcionamento da fábrica de água "Bom Sucesso", os São-tomenses passaram a beber água produzida, no seu próprio país, "e não contentores de água que mandam de fora para cá”.
O governante disse ter visitado as instalações da fábrica e que, por duas ocasiões, os investidores foram advertidos pelo Governo de que, se não cumprissem com o estabelecido, o projeto seria anulado.
A produção de água mineral, em São Tomé e Príncipe, faz parte de um antigo projeto, da Agência Líbia de Investimento, incluindo cultura de café, construção de unidades hoteleiras, mas que, com a morte do guia da revolução Líbia, Muamar Kadhafi, conheceu vários entraves.
-0- PANA RMG/IZ 29junho2020