Grã-Bretanha denuncia nova detenção de ativista na Nigéria
Abuja, Nigéria (PANA) – O Reino Unido instou o Governo nigeriano a respeitar os fundamentos da democracia, depois da detenção prolongada, e pela segunda vez, de Omoyele Sowore, ativista e promotor do movimento #RevolutionNow.
O ativista foi detido uma primeira vez, a 3 de agosto de 2019, pelos serviços de segurança por ter apelado aos Nigerianos para sair massivamente às ruas para se manifestar pacificamente, sob a liderança de #Revolution Now, e exigir uma melhor gestão do país por parte da administração do Presidente Muhammadu Buhari,
Sorowe foi libertado a 5 de dezembro, depois de ter passado 125 dias em detenção, apesar de múltiplas ordens do tribunal que exige a sua libertação.
Ele é acusado de traição, branqueamento de dinheiro e ciberassédio do Presidente, mas negou todas estas acusações.
Os serviços de segurança libertaram-no depois que o presidente do tribunal, o juiz Ijeoma Ojukwu, lhes deu um ultimato de 24 horas. Mas sexta-feira, atacaram o tribunal para o deter novamente.
Explicam num comunicado esta nova detenção pelo facto de que Sowore quer “destituir o Governo”.
A Embaixada da Grã-Bretanha na Nigéria apelou num tweet terça-feira para o respeito do Estado de direito, declarando que os ideais enunciados na Declaração Universal dos Direitos Humanos devem ser respeitados.
"Enquanto celebramos o Dia dos Direitos Humanos, exortamos todos o atores políticos, estatais e não estatais a respeitar os ideais enunciados na Declaração Universal dos Direitos Humanos, assinado há 71 anos hoje.
"Acompanhamos estreitamente a detenção prolongada de Sowore. O respeito pelo Estado de Direito e pela liberdade de expressão e responsável é essencial para a democracia”, insistiu.
A nota indica ainda que o Reino Unido está determinado a defender e reforçar os direitos humanos por todos os lados no Mundo, enquanto terminam as 16 jornadas de ativismo de 2019, para a eliminação da violência contra as mulheres.
-0- PANA MON/MA/NFB/JSG/MAR/IZ 11dec2019