África considera "fundamental" expansão de tecnologias agrícolas no seu solo
Luanda, Angola (PANA) - A União Africana (UA) defende que a expansão das tecnologias agrícolas na comercialização é fundamental em todos os esforços destinados a melhorar a produtividade e os meios de subsistência dos agricultores em África, soube a PANA de fonte oficial.
A tese foi defendida segunda-feira em Addis Abeba (Etiópia) pela comissária da UA para a Agricultura, Desenvolvimento Rural, Economia Azul e Ambiente Sustentável, Josefa Correia Sacko, aquando da assinatura de um memorando de entendimento entre a sua instituição e a Fundação de Tecnologia Agrícola Africana (AATF, sigla em inglês).
A diplomata angolana defendeu igualmente a promoção da resiliência às alterações climáticas e a sustentabilidade para se alcançar a segurança alimentar e nutricional no continente negro.
Segundo um comunicado do seu departamento, o memorando de entendimento visa desenvolver a agricultura em África.
O acordo de parceria entre as duas partes vai permitir melhorar tecnologias agrícolas para enfrentarem desafios de adaptação dos produtos às suas necessidades e circunstâncias, e desenvolverem as suas próprias inovações a fim de se ultrapassar obstáculos à intensificação sustentável da agricultura, indicqa a nota.
O compromisso entre as duas instituições, através da renovação do memorando de entendimento para apoiar a implementação do Programa Integrado para o Desenvolvimento da Agricultura em África (CAADP), vai facilitar a domesticação das diretrizes continentais da UA com vista à utilização da biotecnologia, ao aumento da produtividade agrícola e à busca da segurança alimentar e nutricional em África.
Tensões sociais e doenças bióticas e abióticas, e agrícolas não estão limitadas pelas fronteiras nacionais, e a cooperação entre as nações criará uma massa crítica e acelerará a produção de controlos e remédios baseados na ciência, de acordo com o mesmo documento.
Josefa Sacko, que rubricou o memorando em apreço, fez saber que a Comissão da União Afriacana (CUA) iniciou o desenvolvimento de um quadro pós-declaração de Malabo (Guiné-Equatorial) para definir prioridades do CAADP para os próximos 10 anos (2026-2036), programa este que, segundo disse, vai assegurar a transfromação e o desenvovlimento da agricultura no continente.
“Por isso, espero e desejo que aproveitem a oportunidade para alinharem plenamente o plano de ação conjunto para a operacionalização do presente memorando de entendimento, a fim de promover a coerência, complementaridade e cooperação de uma forma orientada para a ação e os resultados”, enfatizou.
Por seu turno, Canisius Kanangire, diretor executivo da AATF, disse nessa ocasião, que o acordo de parceria com a UA ajudará a concretizar compromissos de impacto que ajudarão agricultores em África a melhorarem a sua segurança alimentar.
Também lhes ajudará a melhorarem seus meios de subsistência através da criação, disseminação e adoção de tecnologia de valor acrescentado que contribuirá para melhorar os rendimentos das culturas, a partilha de conhecimentos e a capacitação, segundo Kanangire.
Fundada em 2003 para abordar as perspetivas de segurança alimentar de África através da tecnologia agrícola, a AATF acredita que "o setor agrícola é um pilar fundamental na medida em que África consolida o seu crescimento económico e conquista a sua nova posição como uma grande potência económica global e o próximo mercado em crescimento no mundo, disse o responsável.
Deu a conhecer que a AATF foi criada em resposta à necessidade de um mecanismo eficaz que facilitasse e apoiasse a negociação para o acesso e fornecimento de tecnologia e a formação de parcerias adequadas para gerir o desenvolvimento e a implantação de tecnologias inovadoras com vista à sua utilização por pequenos agricultores na África Subsariana.
-0- PANA JF/DD 25julho2023