PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Oposição critica aumento em mais de 3% da taxa do desemprego em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – O PAICV, principal partido da oposição em Cabo Verde, criticou o Governo pelo aumento da taxa de desemprego no país que passou de 12,4 porcento, em 2015, para 15 porcento, em 2016, numa subida de mais de três porcento num único ano.
Em conferência de imprensa sexta-feira para reagir a estes números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o secretário-geral do PAICV (Partido Africano da Independência de Cabo Verde) afirmou que esse aumento do desemprego contraria o esforço que vinha sendo feito no sentido da sua redução progressiva e sustentada nos últimos quatro anos.
“Ou seja, saímos de uma taxa de 16,8 porcento em 2012 para 16,4 porcento em 2013, 15,8 porcento em 2014 e 12,4 porcento em 2015”, precisou Julião Varela, secretário geral do partido que esteve no poder em Cabo Verde de 2001 a 2016.
Segundo ele, os dados demonstram “um grande desalinhamento” entre os compromissos eleitorais assumidos pelo Governo do Movimento para a Democracia (MpD), vencedor das eleições legislativas de 20 de março de 2016, e as soluções apresentadas para fazer face à real situação da população.
"A população espera, desesperadamente, uma ocupação para garantir acesso a rendimentos para a satisfação das necessidades da sua família”, declarou.
Ele acrescentou que os dados do INE permitem constatar que o número de desempregados em 2016 aumentou em nove mil e 356 indivíduos, comparativamente ao ano de 2015.
Os dados confirmam, de forma categórica, a degradação dos indicadores relacionados com o nível de ocupação das pessoas em todas as faixas etárias e em todos os estratos sociais, afirmou.
Para Julião Varela, os dados apresentados são, a todos os títulos, preocupantes porque a situação de desemprego atinge a todos, sem exceção, particularmente os jovens que viram a sua situação deteriorar-se de "forma exponencial".
Os dados em referência revelam que o desemprego nos homens em Cabo Verde passou de 13,5 porcento para 12,9 porcento, enquanto nas mulheres passou de 11,2 porcento para 17,4 porcento.
O número de pessoas ativas ocupadas em 2016 era de 209 mil e 725 (194.485 em 2015) e dessas, 36 mil e 955 são desempregadas (15%), contra as 27 mil e 599 em 2015 (12,4%) e 140 mil e 467 inativas.
Os jovens na faixa etária dos 15 aos 24 anos representam uma taxa de 41 porcento da população desempregada, e dos entre 15 e 34 anos constituem 24,2 porcento dessa população.
No meio urbano, a taxa de desemprego é maior, tendo em conta que subiu 2,7 pontos percentuais, isto é, de 14,2 porcento em 2015 para 16,9 porcento em 2016. Também no meio rural passou, no período em referência, de 7,9 porcento para 10,3 porcento.
A capital do país, Praia, é a mais afetada pelo desemprego, tendo registado um aumento de 6,4 pontos percentuais de 2015 para 2016, ou seja, passando de 15,7 porcento para 22,1 porcento.
A seguir à Praia aparecem Santa Catarina de Santiago com 19,6 porcento, São Vicente com 16,2 porcento, Ribeira Grande de Santiago com 13,9 porcento, Ribeira Brava com 12,6 porcento e Porto Novo com 10,3 porcento da taxa do desemprego.
No sentido oposto estão Ribeira Grande e São Lourenço dos Órgãos, ambos com 4,5 porcento, seguidos da Brava com 4,6 porcento, Calheta de São Miguel com 5,3 porcento e São Domingos com 5,7 porcento.
Aquando da apresentação pública das medidas que fazem parte do programa de governação do seu partido, o presidente do MpD e primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva prometeu criar 45 mil novos empregos para jovens.
Prometeu igualmente priorizar a promoção do pleno emprego e do trabalho decente para todos através de “um crescimento real mínimo de sete sete porcento ao ano e a duplicação do rendimento médio per capita gerado pelo emprego, que é atualmente de três mil 450 dólares americanos.
Para concretizar o compromisso de criar 45 mil empregos para jovens numa legislatura (cinco anos), o então candidato do MpD a primeiro-ministro prometeu eliminar, no período em referência, a contribuição para a segurança social para as empresas que empreguem jovens.
-0- PANA CS/IZ 02abril2017
Em conferência de imprensa sexta-feira para reagir a estes números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o secretário-geral do PAICV (Partido Africano da Independência de Cabo Verde) afirmou que esse aumento do desemprego contraria o esforço que vinha sendo feito no sentido da sua redução progressiva e sustentada nos últimos quatro anos.
“Ou seja, saímos de uma taxa de 16,8 porcento em 2012 para 16,4 porcento em 2013, 15,8 porcento em 2014 e 12,4 porcento em 2015”, precisou Julião Varela, secretário geral do partido que esteve no poder em Cabo Verde de 2001 a 2016.
Segundo ele, os dados demonstram “um grande desalinhamento” entre os compromissos eleitorais assumidos pelo Governo do Movimento para a Democracia (MpD), vencedor das eleições legislativas de 20 de março de 2016, e as soluções apresentadas para fazer face à real situação da população.
"A população espera, desesperadamente, uma ocupação para garantir acesso a rendimentos para a satisfação das necessidades da sua família”, declarou.
Ele acrescentou que os dados do INE permitem constatar que o número de desempregados em 2016 aumentou em nove mil e 356 indivíduos, comparativamente ao ano de 2015.
Os dados confirmam, de forma categórica, a degradação dos indicadores relacionados com o nível de ocupação das pessoas em todas as faixas etárias e em todos os estratos sociais, afirmou.
Para Julião Varela, os dados apresentados são, a todos os títulos, preocupantes porque a situação de desemprego atinge a todos, sem exceção, particularmente os jovens que viram a sua situação deteriorar-se de "forma exponencial".
Os dados em referência revelam que o desemprego nos homens em Cabo Verde passou de 13,5 porcento para 12,9 porcento, enquanto nas mulheres passou de 11,2 porcento para 17,4 porcento.
O número de pessoas ativas ocupadas em 2016 era de 209 mil e 725 (194.485 em 2015) e dessas, 36 mil e 955 são desempregadas (15%), contra as 27 mil e 599 em 2015 (12,4%) e 140 mil e 467 inativas.
Os jovens na faixa etária dos 15 aos 24 anos representam uma taxa de 41 porcento da população desempregada, e dos entre 15 e 34 anos constituem 24,2 porcento dessa população.
No meio urbano, a taxa de desemprego é maior, tendo em conta que subiu 2,7 pontos percentuais, isto é, de 14,2 porcento em 2015 para 16,9 porcento em 2016. Também no meio rural passou, no período em referência, de 7,9 porcento para 10,3 porcento.
A capital do país, Praia, é a mais afetada pelo desemprego, tendo registado um aumento de 6,4 pontos percentuais de 2015 para 2016, ou seja, passando de 15,7 porcento para 22,1 porcento.
A seguir à Praia aparecem Santa Catarina de Santiago com 19,6 porcento, São Vicente com 16,2 porcento, Ribeira Grande de Santiago com 13,9 porcento, Ribeira Brava com 12,6 porcento e Porto Novo com 10,3 porcento da taxa do desemprego.
No sentido oposto estão Ribeira Grande e São Lourenço dos Órgãos, ambos com 4,5 porcento, seguidos da Brava com 4,6 porcento, Calheta de São Miguel com 5,3 porcento e São Domingos com 5,7 porcento.
Aquando da apresentação pública das medidas que fazem parte do programa de governação do seu partido, o presidente do MpD e primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva prometeu criar 45 mil novos empregos para jovens.
Prometeu igualmente priorizar a promoção do pleno emprego e do trabalho decente para todos através de “um crescimento real mínimo de sete sete porcento ao ano e a duplicação do rendimento médio per capita gerado pelo emprego, que é atualmente de três mil 450 dólares americanos.
Para concretizar o compromisso de criar 45 mil empregos para jovens numa legislatura (cinco anos), o então candidato do MpD a primeiro-ministro prometeu eliminar, no período em referência, a contribuição para a segurança social para as empresas que empreguem jovens.
-0- PANA CS/IZ 02abril2017