BM investe $ 3000.000 para sistemas alimentares em África
Addis Abeba (Etiópia) - O Banco Mundial (BM) disponibilizará para a primeira fase do programa de resiliência dos sistemas alimentares para o continente mais de 3.000.000 dólares americanos, anunciou em Addis Abeba a comissária da União Africana, Josefa Correia Sacko.
A comissária da UA para Agricultura, Desenvolvimento Rural, Economia Azul e Ambiente Sustentável avançou estes dados quando presidia ao ato de lançamento do programa promovido pela Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento da África Oriental (IGAD, sigla em inglês).
“Em resposta às nossas preocupações, o Banco Mundial cumpriu o prometido ao desenvolver dois grandes programas de segurança alimentar e resiliência. Trata-se de investimentos de abordagem multifaseada, valor que vai ser empregue em toda a África Ocidental, Oriental e Austral”, garantiu a diploma angolana ao serviço da UA.
De acordo com Josefa Sacko, o objetivo comum é aumentar a resiliência dos sistemas alimentares da região, colocando assim todas as pessoas, incluindo as mais vulneráveis, na via de um acesso fiável a alimentos adequados, seguros e nutritivos, melhorando simultaneamente os seusmeios de subsistência rurais e os ecossistemas saudáveis.
“Existem pontos críticos claros na região, onde o problema se está a agravar a um ritmo mais rápido, incluindo o Corno de África, que tem estado em tumulto nos últimos anos em resultado das alterações climáticas e de conflitos localizados, entre outros fatores”, frisou.
Segundo ela, existe um potencial significativo no programa de segurança alimentar e resiliência para aumentar a produtividade agrícola e a resiliência climática em África, derivado do diálogo africano de liderança em termos de segurança alimentar iniciado em 2019.
Do mesmo programa constam ainda a adaptação dos sistemas alimentares às alterações climáticas, o aproveitamento da ciência e da tecnologia digital e o reforço da colaboração entre os parceiros de desenvolvimento, disse a comissária.
Por outro lado, enfatizou a necessidade de se implementar os compromissos existentes em matéria de agricultura e segurança alimentar, incluindo a Agenda 2063 da UA e a Declaração de Malabo (Guiné-Equatorial).
“É bem sabido que os sistemas alimentares da África Oriental e Austral são dos mais vulneráveis do mundo. De acordo com o Documento de Avaliação do Projeto, esta sub-região alberga mais de 656.000.000 pessoas, muitas das quais extremamente pobres e confrontadas com grandes dificuldades no acesso diário a alimentos adequados, seguros e nutritivos”, lamentou.
O Programa de Abordagem Multifaseada (MPA, sigla em inglês) oferece uma abordagem pragmática e adaptativa para abordar a resiliência dos sistemas alimentares e vai permitir à região atuar sobre uma série de desafios e oportunidades de forma cooperativa e eficaz.
O programa referenciado vai ser implementado numa ampla faixa de países africanos, com a participação de várias organizações regionais e de outras agências intergovernamentais.
-0- PANA JF/DD 2fev2024