Nouakchott, Mauritânia (PANA) - Dez por cento da população mauritana não foram registados no cartório de estado civil, de acordo com um relatório do Banco Mundial (BM).
Este problema afeta particularmente as populações mais vulneráveis, especialmente aquelas historicamente carentes e não árabes, que regressam da deportação, mas registadas no Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
Na sequência dum grave conflito interrétnico que fez centenas de vítimas entre a Mauritânia e o Senegal, em abril de 1989, várias dezenas de milhares de Mauritanos do Vale do Rio Senegal foram expulsos para este país.
Consequentemente, estas populações deparam-se com problemas de acesso à educação após a abertura, em maio de 2011, de um registo, colocado sob a autoridade da Agência Nacional para o Registo popukacional e Títulos Seguros, à luz duma nova lei, lê-se no relatório.
A fim de resolver este problema, o Governo criou um comité nacional , em finais de 2017, o qual começou o seu trabalho nas quatro regiões mais afetadas por este fenómeno.
No entanto, o comité ainda não atingiu a sua velocidade cruzeira, devido a numerosos testemunhos.
-0- PANA SAS/IS/DIM/DD 19novembro2020