PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Senegal não aceita que Estados Unidos de África sejam postos em causa
Dakar- Senegal (PANA) -- O Senegal não aceitará que seja posta em causa a criação em 2017 dos Estados Unidos de África, conforme decidido pela a União Africana (UA), advertiu terça-feira em Dakar o ministro senegalês dos Negócios Estrangeiros, Cheikh Tidiane Gadio.
Gadio teceu estas declarações quando fazia uma comunicação sobre o governo da UA e a criação da Autoridade da UA, no quadro do simpósio sobre os Estados Unidos de África iniciado segunda-feira na capital senegalesa.
Ele denunciou nessa ocasião uma "sombra artística e insuportável mantida em torno da criação dos Estados Unidos de África", perguntando-se se a UA ultrapassará mesmo o rubicão para proclamar, como previsto, os Estados Unidos de África em 2017.
"Trata-se de continuar a fazer da UA uma organização intergovernamental com uma comissão que serve de simples secretariado.
Isto não interessa o Senegal", martelou o chefe da diplomacia senegalesa, acrescentando que "África já perdeu muito tempo ao passo que o Brasil, a Índia e a China avançam a passos gigantes".
Manifestamente categórico, Gadio sublinhou que "está fora de questão que aqueles que não estejam de acordo com a criação dos Estados Unidos de África, façam prevalecer a sua posição".
Por outro lado, o ministro senegalês dos Negócios Estrangeiros estimou que progressos foram realizados na marcha da organização continental, desde a sua criação em 1963 em Addis Abeba, na Etiópia, citando como prova a mudança de atitude de certos países que consideravam os Estados Unidos de África como um sonho e que, hoje, aceitam ver este projecto inscrito na agenda.
"Para se chegar lá, foram precisos um longo combate e debates acalorados no seio da UA", disse o governante senegalês, acrescentando que, por três vezes, a UA escapou por um triz a uma ruptura entre os Estados que queriam a criação de um governo da União e aqueles que se opunham absolutamente.
"Quando estas situações ocorriam, era preciso encontrar um compromisso entre os que defendiam uma criação imediata de um governo da União e outros, considerados como 'gradualistas', nomeadamente em Accra (no Gana) em Julho de 2007, onde o governo da União tinha sido finalmente percebido como a última etapa para a criação dos Estados Unidos de África", narrou.
"Em Addis Abeba, em Janeiro de 2009, a transformação da Comissão em Autoridade foi decidida no termo de um longo debate.
A cimeira de Sirtes, decorrida no princípio de Julho corrente, não fugiu à regra.
Aí também houve debates acérrimos em relação às prerrogativas e atribuições a serem conferidas à Autoridade que deverá substituir a Comissão da UA", deu a conhecer o chefe da diplomacia senegalesa.
Segundo Gadio, foi preciso "um maior envolvimento" do guia líbio, Muamar Kadafi, para que um compromisso fosse encontrado relativamente à criação, ao nivel da Autoridade, de secretários encarregues da política comum dos Megócios Estrangeiros, da Defesa e do Comércio.
Gadio teceu estas declarações quando fazia uma comunicação sobre o governo da UA e a criação da Autoridade da UA, no quadro do simpósio sobre os Estados Unidos de África iniciado segunda-feira na capital senegalesa.
Ele denunciou nessa ocasião uma "sombra artística e insuportável mantida em torno da criação dos Estados Unidos de África", perguntando-se se a UA ultrapassará mesmo o rubicão para proclamar, como previsto, os Estados Unidos de África em 2017.
"Trata-se de continuar a fazer da UA uma organização intergovernamental com uma comissão que serve de simples secretariado.
Isto não interessa o Senegal", martelou o chefe da diplomacia senegalesa, acrescentando que "África já perdeu muito tempo ao passo que o Brasil, a Índia e a China avançam a passos gigantes".
Manifestamente categórico, Gadio sublinhou que "está fora de questão que aqueles que não estejam de acordo com a criação dos Estados Unidos de África, façam prevalecer a sua posição".
Por outro lado, o ministro senegalês dos Negócios Estrangeiros estimou que progressos foram realizados na marcha da organização continental, desde a sua criação em 1963 em Addis Abeba, na Etiópia, citando como prova a mudança de atitude de certos países que consideravam os Estados Unidos de África como um sonho e que, hoje, aceitam ver este projecto inscrito na agenda.
"Para se chegar lá, foram precisos um longo combate e debates acalorados no seio da UA", disse o governante senegalês, acrescentando que, por três vezes, a UA escapou por um triz a uma ruptura entre os Estados que queriam a criação de um governo da União e aqueles que se opunham absolutamente.
"Quando estas situações ocorriam, era preciso encontrar um compromisso entre os que defendiam uma criação imediata de um governo da União e outros, considerados como 'gradualistas', nomeadamente em Accra (no Gana) em Julho de 2007, onde o governo da União tinha sido finalmente percebido como a última etapa para a criação dos Estados Unidos de África", narrou.
"Em Addis Abeba, em Janeiro de 2009, a transformação da Comissão em Autoridade foi decidida no termo de um longo debate.
A cimeira de Sirtes, decorrida no princípio de Julho corrente, não fugiu à regra.
Aí também houve debates acérrimos em relação às prerrogativas e atribuições a serem conferidas à Autoridade que deverá substituir a Comissão da UA", deu a conhecer o chefe da diplomacia senegalesa.
Segundo Gadio, foi preciso "um maior envolvimento" do guia líbio, Muamar Kadafi, para que um compromisso fosse encontrado relativamente à criação, ao nivel da Autoridade, de secretários encarregues da política comum dos Megócios Estrangeiros, da Defesa e do Comércio.