Jornalista são-tomenses ameaçam greve
São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - Os jornalistas são-tomenses do setor público prometeram entrar em greve, nos próximos dias, se forem melhoradas as suas condições sociais, com a rápida implementação do seu estatuto de carreira e do quadro remuneratório, soube-se de fonte oficial em São Tomé.
“Até mesmo as novelas têm fim feliz e o nosso tarda a chegar. Basta de rodeios, nós os profissionais dos órgãos (de comunicação social) do Estado vivemos na mendicidade, porquê?", questionou uma profissional da televisão.l
Os jornalistas dizem não compreender as razões pelas quais não se implementa instrumentos como a taxa audiovisual e outros dois diplomas há muito aprovados e que se julgava melhorar o estatuto dos jornalistas são-tomenses.
Defendem a necessidade de se dotar os profissionais da classe de "um salário digno, para que possam viver "com alguma dignidade".
Juvenal Rodrigues, presidente da Associação dos Jornalistas São-tomenses, afirmou todavia que tem havido "uma certa abertura do secretário de Estado da Comunicação Social, Adelino Lucas, na abordagem deste assunto, para a busca de uma solução satisfatória.
Os jornalistas da imprensa estatal (rádio, televisão e agência de notícias) querem que o seu quadro remuneratório seja incluído no próximo orçamento geral do Estado.
Está agendado para dentro duas semanas um encontro com o poder executivo cujo resultado definira, segundo eles, a paralisação ou não do setor.
“Caso as nossas revindicações não forem atendidas, só temos um e único caminho que é recorrer a greve”, advertiram.
O descontentamento dos profissionais prende-se também com o facto da reforma que lhes é atribuída e a precaridade a que muitos estão sujeitos durante o exercício da profissão.
Na imprensa estatal são-tomense trabalham cerca de 100 profissionais entre jornalistas e pessoal técnico e administrativo.
-0- PANA RMG/IZ 08ago2020