Governo líbio acusa rebelião de Haftar de cortar água potável
Trípoli, Líbia (PANA) - O Governo líbio acusou quarta-feira o grupo rebelde comandado pelo marechal Khalifa Haftar de estar implicado no corte registado, há dois dias, no fornecimento de água potável à capital, Tripoli, e arredores.
Numa nota, o Ministério líbio do Interior considera que este ato constitui um “crime de guerra”, depois de um grupo armado invadir o sistema de Hassouna Sahel Al-Jafara de adução de água do rio artificial.
O Ministério diz tratar-se igualmente de um ato de “violação dos direitos humanos e das leis nacionais e internacionais”.
Apelou aos organismos internacionais e às organizações dos direitos humanos para documentar "este crime" e procurar os seus autores, em conformidade com os mecanismos do direito internacional e as resoluções do Conselho de Segurança relativos à Líbia.
Na segunda-feira última, a Autoridade de Gestão do Rio Artificial anunciou que um grupo armado invadiu a zona de al-Chweiref do sistema Hassoun-Sahel Al-Jafara de adução de água potável.
Os assaltantes obrigaram os trabalhadores a fechar todas as válvulas de controlo do fluxo de água e a suspender o funcionamento dos poços de perfuração, o que provocou a interrupção do abastecimento de água Tripoli e cidades vizinhas.
Regularmente, o abastecimento de água, a partir do rio artificial é interrompido, na capital e noutras cidades líbias, por diversas razões, tanto para pressionar os responsáveis políticos para obter concessões e ou a libertação de um parente, de forma gratuita através das sabotagens e destruições das infraestruturas hidráulicas ou sob o efeito dos confrontos armados.
O rio artificial drena diariamente vários milhões de metros cúbicos de água potável, a partir dos lençóis freáticos das profundezas do deserto líbio para as províncias do Oeste e do Centro, onde se encontram as aglomerações urbanas, uma maior densidade da população e as grandes propriedades agrícolas.
-0- PANA BY/TBM/FK/IZ 08abril2020