1,2 milhão de pessoas em insegurança alimentar no Burundi
Bujumbura, Burundi (PANA) - No Burundi, a época de cultivo de 2022 B , de junho a setembro, foi marcada por uma insegurança alimentar para pelo menos, 1,2 milhões de pessoas, ou seja, 10 por cento da população total, por diversas razões, tais como riscos climáticos, a pandemia de Coronavírus, as necessidades de fertilizantes químicos e a crise ucraniana, indica um relatório do Gabinete das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários (OCHA).
O relatório cita igualmente a febre do vale do Rift, que afetou as economias de criadores de vacas e de pequenos ruminantes nos últimos meses.
As restrições ao comércio transfronteiriço e à reintegração socioeconómica de antigos refugiados afetaram igualmente a segurança alimentar do país.
Além disso, esta insegurança alimentar terá repercussões na época de cultivo 2023 A, que começa em outubro próximo, adverte OCHA.
Pelo menos 1,4 milhão de pessoas, ou seja, 12 por cento da população do Burundi, estarão em situação de insegurança alimentar para o período que vai de outubro a dezembro de 2022.
Globalmente, o Burundi é considerado um dos países mais pobres do mundo, com 87 por cento da população que vive com menos de 1,90 dólares americanos por dia.
As famílias mais vulneráveis à insegurança alimentar são sobretudo as que têm uma fraca capacidade de produção dos seus próprios alimentos.
Estas famílias dependem sobretudo do mercado e dos rendimentos provenientes principalmente de atividades pouco remuneradas.
OCHA estima que pelo menos 182 milhões de dólares americanos serão necessários para diminuir as necessidades humanitárias do Burundi, este ano.
-0- PANA FB/JSG/DIM/MAR 10setembro2022