PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Oposição desmente diminuição do desemprego em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – O desemprego em Cabo Verde não diminuiu em 2013, uma vez que o país perdeu dois mil e 400 postos de trabalho no período em que o Instituto Nacional de Estatística (INE) realizou o seu inquérito sobre a matéria, declarou o líder da oposição cabo-verdiana, Ulisses Correia e Silva.
Presidente do Movimento para a Democracia (MpD), principal partido da oposição em Cabo Verde disse, Ulisses Correia e Silva considera, por isso, as declarações do primeiro-ministro José Maria Neves sobre a diminuição do desemprego “não corresponde à verdade”.
No período em referência, disse, houve sim um aumento do subemprego, pelo que “há quebra de emprego efetivo” e apenas um aumento do emprego precário associado à agricultura.
Para o líder do MpD, o inquérito do INE aponta para o aumento do desemprego na cidade da Praia e que o decréscimo do desemprego em São Vicente deve ser explicado com a migração para outras ilhas, porque “não há atividade económica nessa ilha”.
“Há mais indústria, mais comércio, mais turismo ou mais investimento para gerar emprego?”, questionou para concluir que a redução do desemprego no segundo maior centro urbano do arquipélago só pode ter sido por deslocalização da população ou algum emprego precário.
Ulisses Correia e Silva considerou, por outro lado, que o desemprego jovem aumentou significativamente na faixa dos 15 aos 34 anos.
“Para além de estar a fazer uma apreciação errada dos dados, o primeiro-ministro está novamente a tentar criar essa expectativa relativamente a coisas que estão mal”, disse o líder do maior partido da oposição, para quem “é preciso reconhecer que o país não está bem”.
Numa primeira leitura política aos dados divulgados pelo INE e que indicam que a taxa de desemprego baixou de 16,8 porcento para 16,4 porcento em 2013, o primeiro-ministro cabo-verdiano sublinhou que Cabo Verde conseguiu resistir apesar do impacto da crise internacional na sua economia.
Para José Maria Neves, estes dados significam que o país gerou muitos mais empregos do que os espelhados na percentagem, tendo em conta o aumento da população economicamente ativa.
De acordo com o chefe do Governo cabo-verdiano, os dados do INE também mostram que é preciso trabalhar mais para acelerar o ritmo de crescimento e gerar mais empregos no país.
A este propósito, ele destacou a importância dos investimentos que o Governo tem vindo a fazer nos fatores de competitividade, nomeadamente no setor da água, energia e saneamento e em outras infraestruturas básicas, especialmente na ilha de São Vicente, a mais afetada pelo desemprego.
“Eu, enquanto chefe do Governo, tenho de falar de soluções. Há outras pessoas para falarem dos problemas”, acentuou.
-0- PANA CS/IZ 16abril2014
Presidente do Movimento para a Democracia (MpD), principal partido da oposição em Cabo Verde disse, Ulisses Correia e Silva considera, por isso, as declarações do primeiro-ministro José Maria Neves sobre a diminuição do desemprego “não corresponde à verdade”.
No período em referência, disse, houve sim um aumento do subemprego, pelo que “há quebra de emprego efetivo” e apenas um aumento do emprego precário associado à agricultura.
Para o líder do MpD, o inquérito do INE aponta para o aumento do desemprego na cidade da Praia e que o decréscimo do desemprego em São Vicente deve ser explicado com a migração para outras ilhas, porque “não há atividade económica nessa ilha”.
“Há mais indústria, mais comércio, mais turismo ou mais investimento para gerar emprego?”, questionou para concluir que a redução do desemprego no segundo maior centro urbano do arquipélago só pode ter sido por deslocalização da população ou algum emprego precário.
Ulisses Correia e Silva considerou, por outro lado, que o desemprego jovem aumentou significativamente na faixa dos 15 aos 34 anos.
“Para além de estar a fazer uma apreciação errada dos dados, o primeiro-ministro está novamente a tentar criar essa expectativa relativamente a coisas que estão mal”, disse o líder do maior partido da oposição, para quem “é preciso reconhecer que o país não está bem”.
Numa primeira leitura política aos dados divulgados pelo INE e que indicam que a taxa de desemprego baixou de 16,8 porcento para 16,4 porcento em 2013, o primeiro-ministro cabo-verdiano sublinhou que Cabo Verde conseguiu resistir apesar do impacto da crise internacional na sua economia.
Para José Maria Neves, estes dados significam que o país gerou muitos mais empregos do que os espelhados na percentagem, tendo em conta o aumento da população economicamente ativa.
De acordo com o chefe do Governo cabo-verdiano, os dados do INE também mostram que é preciso trabalhar mais para acelerar o ritmo de crescimento e gerar mais empregos no país.
A este propósito, ele destacou a importância dos investimentos que o Governo tem vindo a fazer nos fatores de competitividade, nomeadamente no setor da água, energia e saneamento e em outras infraestruturas básicas, especialmente na ilha de São Vicente, a mais afetada pelo desemprego.
“Eu, enquanto chefe do Governo, tenho de falar de soluções. Há outras pessoas para falarem dos problemas”, acentuou.
-0- PANA CS/IZ 16abril2014