Agência Panafricana de Notícias

PM etíope convida África a falar em uníssono durante negociações mundiais

Addis Abeba, Etiópia (PANA) – O primeiro-ministro etíope, Hailemariam Dessalegn, disse quinta-feira em Addis Abeba que África tem de falar duma só voz com base numa posição comum para definir a natureza do desenvolvimento da cooperação internacional.

Falando durante a cerimónia de abertura da 22ª cimeira ordinária da União Africana (UA), ele considerou que o desenvolvimento da cooperação internacional «constitui o processo mais importante atualmente».

Durante o seu mandato de dois anos como Presidente em exercício da UA, ele sugeriu a constituição de um comité de chefes de Estado e de Governo africanos para levar a cabo com êxito os esforços na busca de apoio às prioridades africanas de desenvolvimento no âmbito do programa de desenvolvimento pós-2015.

Este comité presidido pela Presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, vai submeter as suas recomendações na presente cimeira da UA para análise e adoção.

Segundo o primeiro-ministro etíope, no ano passado houve uma cooperação e uma parceria acrescida entre África e os seus diversos parceiros estratégicos em vários fóruns organizados na América do Sul, no Japão e nos Estados Unidos.

«Estes fóruns eram excelentes plataformas para fazer avançar a agenda de desenvolvimento e reforçar as nossas parcerias com o objetivo de garantir benefícios mútuos e uma cooperação em que todas as partes ganhariam», disse.

No entanto, ele manifestou a sua preocupação com a emergência de novos conflitos no continente «apesar de a UA ter feitos progressos encorajadores na resolução de alguns deles».

«Não resolvidos o mais rápido possível, os novos conflitos podem ameaçar seriamente a paz coletiva e a segurança e anular os ganhos que obtivemos nos últimos anos», declarou, referindo-se à situação no Sudão do Sul e na República Centroafricana (RCA).

O primeiro-ministro etíope disse que é importante ajudar estes dois países "frágeis" a trabalharem para a paz e a estabilidade e tratar dos seus desafios internos.

Ele pediu aos beligerantes no Sudão do Sul para entenderem que o seu problema não poderá ser resolvido com armas.

-0- PANA AR/SEG/NA/AAS/CJB/TON 30jan2014