Agência Panafricana de Notícias

Ultimato para execução de gendarme mauritano a caminho do fim

Nouakchott, Mauritânia (PANA) – A inquietude começou a subir quarta-feira na capital mauritana, Nouakchott, a menos de 24 horas do fim do ultimato do grupo terrorista Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), que ameaça excecutar quinta-feira Ely Ould Moctar, um gendarme mauritano raptado no leste do país no início de dezembro último.

Os próximos do gendarme raptado, incluindo a sua mãe e vários ativistas dos direitos humanos, organizaram quarta-feira uma marcha diante do Ministério da Justiça para denunciar "a inação e a indiferença das autoridades" face ao futuro de Aly Ould Moctar.

Nos últimos dias, a nebulosa rede terrorista do AQMI permitiu ao gendarme telefonar à sua família para pedir uma mobilização nacional com vista a salvar-lhe a vida.

Por outro lado, o presidente da Mobilização das Forças Democráticas (RFD) e líder da oposição, Ahmed Ould Daddah, lançou um apelo àquele movimento djihadista, instando-o a poupar a vida do gendarme em nome da religião islâmica.

No mesmo apelo lançado através da imprensa local, o opositor mauritano denunciou a atitude das autoridades mauritanas, lembrando-lhes, nomeadamente, o dever do Estado de proteger os cidadãos.

Para libertar o gendarme mauritano, a AQMI reclama pela libertação de dois dos seus membros condenados à pena capital pelo assassinato de turistas franceses em dezembro de 2007 e detidos num local secreto.

-0- PANA SAS/ISG/IBA/FK/IZ 29fev2012