UA felicita João Lourenço por seus esforços a favor da paz no leste da RDC
Addis Abeba, Etiópia (PANA) - O presidente da Comissão da União Africcana (CUA), Mahamoud Ali Youssouf, congratulou-se com “o papel importante” do Processo de Luanda, facilitado pelo Presidente angolano e da União Africana (UA), João Manuel Gonçalves Lourenço, soube a PANA de fonte oficial.
Num comunicado, a UA indica que o Processo de Luanda (relativo à resolução da crise entre a República Democrática do Congo (RDC) e o Rwanda, contribbuiu de maneira significativa para a criação dre condições propícios ao diálogo e ao compromisso regional e internacional, oferecendo uma plataforma preciosa para favorecer a compreensãp mútua na prosecução da paz, segurança e estabilidade no leste da congolês.
Youssouf felicitou o Presidente Lourenço pelo seu compromisso firme e a sua vontade de fazer avançar o diálogo, a desescalada e a instauration de um clima de confiança entre as partes.
“A sua liderança, enquanto promotor da União Africana para paz e reconciliação, denota um sentido político exemplar e um compromisso em encontrar soluções para os problemas africanos sob a égide dos africanos”, elogiou.
Saudou igualmente as qualidades de homens de Estado dos dirigentes da RDC e do Rwanda pelo seu compromisso a favor do diálogo e da resolução pacífica da crise, o que denota um reconhecimento comum porque, frisou, "uma paz e uma estabilidade são essenciais para a prosperidade dos seus respetivos países e a região dos Grandes Lagos.
A União Africana sublina a importância de uma coordenação contínua entre a UA , as comunidades económicas regionais e os parceiros internacionais para consolidar os progressos e apoiar os esforços em curso em prol de uma paz e uma estabilidade duradouras no leste congolês, lê-se no mesmo documento.
Na semana passada, os Presidente da RDC e do Rwanda reafirmaram o seu compromisse a favor de um cessar-fogo imediato e incondicional", na guerra prevalecente no lesta congolês e que já fez milhares de mortos, deslocou dezenas de milhares de famílias e causou a desolação na região.
Os dois dirigentes reuniram-se em Doha, no Qatar, sob a égide do emir do referido país, sua Alteza Xeque Tamim bin Hamad Al Thani.
o encontro trilateral inscreve-se no quadro dos esforços para apaziguar a situação no leste da RDC, segundo uma declaração conjunta final.
Por sua vez, o Secretário-Geral das Nalções Unidas, António Guterres, agradeceu ao emir do Qatar a sua mediação entre a RDC e o Rwanda a fim de pôr fim ao conflito no leste congolês.
O conflito no leste da RDC intensificou-se nos últimos meses com os rebeldes do Movimento de 23 de Março, vulgo M23, apoiado pelas forças rwandesas, lançou uma ofensiva de grande envergadura em janeiro último, apoderando-se em algumas semanas grandes parcelas de terra nas províncias de Kivu-Norte e Sul (leste), das quais as cidades de Goma e Bukavu, respetivamente capitais das duas últimas, e palco de confrontos armados.
O leste da RDC, rico em recursos naturais, está efetado há 30 anos por atos violentos cometidos por grupos armados e certos países vizinhos.
A recente onda de violências fez vários milhares de mortos e forçou centenas de milhares de pessoas a fugirem das suas zonas de origem, referiu a fonte.
O processo de Luanda é uma iniciativa diplomática lançada em julho de 2022, sob a mediação de Angola, para resolver o conflito no leste da RDC e normalizar as relações entre estae o Rwanda.
Entre as medidas implementadas no processo figuram o estabelecimento de um cessar-fogo, a criação do Mecanismo de Verificação Ad-Hoc Reforçado e a elaboração de planos para a neutralização de grupos armados, como as Forças Democráticas para a Libertação do Rwanda (FDLR) radicadas nesta parcela do território congolês.
A presença delas no leste da RDC dá azo à invasão desta zona por tropas rwandesas que alegam que o Governo congolês não faz nada ou pouco faz para acabar com as FDLR que, segundo o Rwanda, representam uma potencial ameça à sua estabilidade.
.-0- PANA MA/NFB/JSG/DD 24março2025